A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) está completando cinco anos de existência. Antes do início dos atendimentos, qualquer criança que precisasse de tratamento intensivo na rede pública, na falta de vaga na Santa Casa de Maringá, tinha de ser levada para Londrina ou a qualquer outra cidade do Estado que oferecesse o serviço. Há cinco anos, essa situação mudou.

    No dia 20 de janeiro de 2004, o HUM, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), abriu as portas da UTI pediátrica, o que proporcionou melhor qualidade no tratamento intensivo de crianças não só de Maringá e região, mas de todo Paraná.

    Uma equipe formada por dez médicos, dois enfermeiros, técnicos em enfermagem e outros profissionais da saúde trabalham 24 horas, sete dias por semana, para atenderem aos leitos disponíveis na UTI pediátrica. “É uma equipe de altíssimo nível; com certeza, a melhor de recursos humanos em termos de UTI pediátrica na cidade”, diz José Carlos Amador, diretor superintendente do hospital.

    Daniela Linhares, médica chefe da UTI pediátrica, conta que uma das maiores conquistas durante esses cinco anos foi consolidar um “nome”. Hoje, o HUM é referência na região em atendimento de casos graves. “A nossa equipe é muito elogiada pelas famílias das crianças”, diz orgulhosa. Como resultado da excelência do trabalho dos profissionais, o hospital passou a oferecer residência médica em UTI pediátrica e vai formar dois novos médicos intensivistas pediátricos por ano.Para Daniela, todo hospital terciário que se disponha a fazer um atendimento de ponta para a comunidade deve oferecer uma UTI pediátrica. “A implantação foi fundamental, porque a gente começou a atender crianças de toda a região. Hoje é muito raro se transferir uma criança que precise de UTI pediátrica pra outra regional”. Amador enfatiza: “a nossa maior conquista é a vida. Apesar de às vezes perdermos crianças, uma quantidade enorme de crianças sobreviveu. E sobreviveram porque nós temos uma UTI de qualidade, com profissionais altamente qualificados”.

            De acordo com a médica chefe da UTI pediátrica, a unidade é muito bem equipada. Este ano, o hospital recebeu respiradores novos para o setor e todos foram renovados. “São respiradores de última geração, muito bons. Nós temos também o respirador de alta freqüência, que é outra modalidade de respirador, de ventilação mecânica. É a única UTI do interior do Paraná que tem esse respirador para criança grande”, conta.         

            A UTI pediátrica do HUM oferece seis leitos e atende crianças entre 28 dias e 12 anos e 11 meses. Esses leitos são destinados a crianças da região, que dependem diretamente dos serviços do HUM. Entretanto, por falta de vagas em outras unidades no Estado, o hospital acaba absorvendo crianças de outras regiões, pois essas vagas ficam disponíveis na Central Estadual. “Se a gente tem vaga e estão pedindo uma vaga para uma criança de Foz do Iguaçu, por exemplo, e não tem lugar em Cascavel, vem pra cá. Ou, na região de Curitiba. Se não consegue vaga por lá, vem pra cá também. Nós já tivemos crianças que moravam na divisa entre Paraná e Santa Catarina”, revela Daniela.

         É por esse motivo que, algumas vezes, as seis vagas disponíveis não são suficientes. “Se essa situação continuar, nós vamos ter de aumentar o número de leitos futuramente”, explica o superintendente do hospital. “Nós não temos necessidade nenhuma de melhorar o que nós temos hoje; temos de ampliar”. Segundo Amador, a área que a UTI ocupa hoje não é definitiva, porém adequada. “Se os recursos da emenda de bancada realmente vierem pra cá, esperamos que dentro de cinco anos a UTI pediátrica esteja em lugar melhor ainda, talvez com mais leitos”, revela.