Uma Mostra, montada no Teatro Calil Haddad, comemora, em alto estilo, os 400 anos do telescópio de Galileo Galilei, chamado de Perspicillum. A promoção é do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da UEM, do PET-Física, e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com a colaboração da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Prefeitura de Maringá. Os interessados podem visitar o espaço até dia 31 deste mês.

Galileo tornou-se o cientista graças a um casamento transdisciplinar inédito, que uniu arte e ciência. Aluno da aclamada Accademia del Disegno, de Florença, partilhou com o amigo e artista, Ludovico Cardi (conhecido como Cigoli), os lápis, os pincéis, os pastéis... e a perspectiva. “Cem anos avante da perspectiva atmosférica de Leonardo da Vinci, Galileo aprenderia a ver num tubo ótico (que ele chamará de Perspicillum - tubo de perspectiva) o que ninguém havia visto: a imperfeição dos corpos celestes num maravilhoso Universo muito maior que qualquer um antes dele pudera imaginar”, diz o professor Marcos Danhoni, coordenador dos eventos e professor titular do Departamento de Física.

Esse feito está sendo comemorado, no Teatro Calil Haddad, que é palco da Mostra de Percurso. Os organizadores propõem aos visitantes um passeio por um acervo multimídia. A iniciativa reúne imagens, experimentos de ótica, cópias dos livros de parte do Sidereus Nuncius, no qual Galileo reporta descobertas astronômicas com o telescópio, como a descrição das crateras da lua, as quatro luas de Júpiter e a “estranha geometria” de Saturno, que mais tarde serão definidas como anéis. Podem ser vistos, ainda, nos percursos temáticos equipamentos e imagens da astronomia antiga (a olho nu), a astronomia ótica, a invenção do telescópio e, finalmente, aos modernos telescópios espaciais e observatórios terrestres.

Todo o material exposto na Mostra envolveu a realização de oficinas transdisciplinares de ciência e arte. Participaram da produção exhibits as equipes do PET-Física da UEM; do Universidade Sem Fronteiras, da Física-UEM, e de Artes, da Universidade Estadual de Ponta grossa (UEPG) e o Observatório da Educação da UEM. Em menor escala, contribuiu o curso de Artes Visuais do Centro Universitário de Maringá (Cesumar).

Depois de Maringá, a Mostra segue para o Centro de Cultura em Ponta Grossa, onde fica durante os meses de novembro e dezembro. Mais informações sobre os eventos podem ser obtidas na página do Workshop e da Mostra, nos endereços http://arte-ciencia.snappages.com/  e  http://www.galileo-400-anos.blogspot.com/.