Foi aprovado pela Capes e Ministério da Educação (MEC), por meio do Edital Pro-Cultura 07/2008, um projeto de apoio à revitalização da cultura Xetá no Paraná feito pela UEM. O projeto foi um dos 16 aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), dentre 72 projetos de Instituições de Ensino Superior estaduais e federais de todo o Brasil.

Os Xetá representam uma etnia existente apenas no Paraná, que habitava a Serra dos Dourados, entre os Rios Paraná e Ivaí, no noroeste do estado, até serem praticamente dizimados no processo de ocupação de território, feito por companhias de terras. A luta de oito sobreviventes (crianças na época do massacre) possibilitou o que se costuma chamar de “ressurgimento” étnico.

O Projeto, elaborado pelos professores Lucio Tadeu Mota do Departamento de História (DHI) e Rosangela Célia Faustino, do Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP), com o apoio da Assessoria de Planejamento (ASP), e em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), envolve quatro programas de pós-graduação e compreende a produção de dissertações de mestrado, missões de estudo, levantamento e organização de fontes documentais, oficinas pedagógicas de língua, grupo de estudos, formação de professores indígenas e publicações bilingues.

Participam também representantes do povo Xetá, do MEC, da Secretaria de Estado da Educação (SEED), além de pesquisadores do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Cultural e do Arquivo Público do Paraná (IPHAN).