Recém-fundado, o Fórum Maringaense pelo Direito à Cidade (FMDC) posicionou-se a favor da história e memória do município e contrário à demolição de patrimônio, prédios e símbolos históricos. Documento nesse sentido está sendo formatado. As entidades que compõem a entidade se reuniram nesta quinta-feira à noite, na Universidade Estadual de Maringá, e formalizaram a criação do Fórum. Alguns aspectos do regimento ainda serão aprofundados e votados na próxima assembleia, ainda sem data confirmada. Provavelmente, nessa reunião também será eleita a diretoria.

 

À frente do projeto estão o Observatório das Metrópoles, entidade ligada à UEM, a Associação de Reflexão e Ação Social (Aras), o Conselho de Leigos e Leigas da Arquidiocese de Maringá e a Academia de Arquitetos e Engenheiros Euclides da Cunha. No mês passado, essas entidades convidaram representantes de associações de bairro, sindicatos, entidades de classe, instituições educacionais, entre outras, para participação na criação e definição de funcionamento e linhas de ação do FMDC.


A entidade é um espaço de debate e luta pelo acesso democrático à cidade, com vários eixos temáticos como habitação, educação, cultura, saúde, meio ambiente, segurança pública, assistência social, esportes e lazer, mundo do trabalho e outros tantos itens. Segundo a professora Ana Lúcia Rodrigues, coordenadora do Observatório das Metrópoles, a proposta é construir coletivamente novas iniciativas e ações que possam expandir a participação e controle social pela garantia e efetivação dos direitos de todas e todos que moram, estudam ou trabalham em nossa cidade. Alguns temas são emergentes e devem ser os primeiros a entrar em pauta, entre eles, transporte coletivo, concessão de água, destinação do lixo e implementação do plano diretor da cidade.


A expectativa é que, a partir desse Fórum, seja criado o Conselho de Desenvolvimento Social de Maringá. Nos mesmos moldes do Codem, o novo Conselho deverá ter participação ativa na formulação e diretrizes de políticas públicas do município. A diferença está apenas de foco. Enquanto o Codem se volta para o desenvolvimento econômico, o Conselho de Desenvolvimento Social pretende viabilizar a interlocução entre a sociedade civil e o governo municipal para uma maior efetividade na construção de políticas públicas sociais, abrindo o debate e garantindo a participação de movimentos sociais.