O Presidente da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, professor Paulo Brofman, esteve reunido com pesquisadores, coordenadores de curso de pós-graduação, pró-reitores e outros membros da comunidade científica da Universidade Estadual de Maringá. O encontro, que começou às 9 horas, ocorreu no auditório do PDE, no câmpus sede da UEM.

Empossado no dia 2 de fevereiro, Brofman está visitando as universidades do Paraná, junto com outros diretores da Fundação, para, segundo ele, se apresentar e também ouvir a comunidade científica, sinalizando que pretende fazer uma gestão participativa. “Estamos todos do mesmo lado”, disse o executivo. E completou: “nenhum de nós é tão bom quanto todos juntos. Vim dialogar com a comunidade científica e ouvir o que cada um tem a contribuir em benefício da ciência e da tecnologia do Paraná”.

O grupo em visita a uma das centrais do Comcap

Citando que a UEM tem grupos de pesquisa consolidados e uma vocação para a pesquisa científica, que vem desde a sua fundação, o reitor Júlio Santiago Prates Filho disse que a Universidade tem muito a contribuir nesse processo. E salientou que os eixos da Fundação Araucária estão alinhados às necessidades da comunidade científica, o que, segundo o reitor, facilita o entendimento entre as partes e as eventuais mudanças, quando necessárias.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Mauro Sá Ravagnani, lembrou que enquanto o ensino de graduação é bem avaliado entre as instituições de ensino superior do Estado, na pós-graduação o Paraná está aquém dos outros dois estados da região. Ele exemplificou: “o Rio Grande do Sul tem 13 programas de pós-graduação com conceito 7 (máximo), na última avaliação trienal da Capes, Santa Catarina tem três e o Paraná não tem nenhum”.

Para Ravagnani, a atitude do atual presidente de visitar as IEEs e a partir desses encontros procurar soluções que contribuam para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Estado é um bom caminho. O pró-reitor considerou o fato de a Fundação Araucária ser uma entidade ainda nova (no final do ano passado ela completou dez anos), o que contribui para esse cenário. E, da mesma forma que o reitor da UEM, Ravgnani disse que os pesquisadores da Universidade, com sua experiência e vontade, poderão ajudar nesse processo de mudança.

Brofman concordou que a Fundação ainda enfrenta muitas dificuldades e limites e que seu tamanho é desproporcional ao do Estado, que é o quinto PIB do Brasil. Mas reforçou que o diálogo com a comunidade científica vai ajudar a corrigir distorções.

Em termos práticos e imediatos, Brofman disse que encaminhou um documento às pró-reitorias de pesquisa e às de extensão solicitando uma avaliação dos editais publicados no ano passado para que eles possam ser adaptados às necessidades de hoje. “O que nós queremos é publicar editais que estejam de acordo com aquilo que a coletividade precisa”, pontuou ele.

Brofman, junto com o diretor administrativo e financeiro da Fundação, Carlos Piacenti, com a diretora científica Jackelyne Veneza, e com a assessora jurídica Lizete Cecília Deimling , respondeu aos questionamentos dos pesquisadores.

O grupo também visitou o Complexo de Centrais de Apoio à Pesquisa da UEM e à tarde, à partir das 14 horas, participa de uma nova reunião de trabalho na sala dos Conselhos Superiores, no Bloco da Reitoria.