O Trabalho de Conclusão de Curso de Márcio de Ávila Baena Stefaneli, que se graduou em Odontologia pela Universidade Estadual de Maringá no ano passado, foi o segundo colocado no Prêmio Nacional Angelus de Incentivo à Pesquisa Odontológica 2010, um dos maiores prêmios do Brasil. Recebeu um notebook das mãos da consultora científica da indústria, Lygia Madi. Além disso, poderá escolher R$ 2,5 mil em produtos da empresa. O mesmo prêmio foi destinado ao orientador do TCC, Alfredo Franco Queiroz, entregue pelo presidente da Angelus, Roberto Alcântara. A Clínica Odontológica também poderá solicitar R$ 4 mil em produtos. A solenidade de premiação ocorreu na UEM na manhã desta segunda-feira, dia 6.
Na ocasião, a chefe do Departamento de Odontologia da UEM, Miriam Marubayashi Hidalgo, disse que era gratificante começar a semana com reconhecimento e premiação do ex-aluno e do professor da UEM, que fizeram jus ao prêmio. Comentou que toda equipe da Odontologia se dedica para fazer um belo curso de graduação e desenvolver a pesquisa e a extensão. Incentivou os presentes a se sentirem estimulados para desenvolverem trabalhos e pesquisas e para que os inscrevessem em prêmios para que tudo que é feito na UEM seja divulgado no País. Ao cumprimentar a Angelus pela iniciativa, destacou que a empresa é inovadora e orgulho nacional.
Alcântara explicou que a indústria nasceu da insatisfação de um dentista inconformado com os processos artesanais disponíveis na época e que resolveu desenvolver produtos. Para ele, precisamos de pesquisadores para não sermos dependentes de produtos importados. A diretora do Centro de Ciências da Saúde, Sandra Pelloso, ressaltou que a UEM está alicerçada no ensino, na pesquisa e na extensão e que, a cada dia, promove ações nessas áreas. Também falou que espera que a premiação sirva de estímulo para que os demais desenvolvam trabalhos e participem de concursos. Lembrou que a UEM conta com professores de altíssima qualidade e que os alunos têm o privilégio de estudar numa universidade pública que, por três anos consecutivos, foi considerada a melhor do Paraná.
Stefaneli, que atualmente trabalha na prefeitura de Juti, no Mato Grosso do Sul, credita seu sucesso ao tipo de pesquisa desenvolvido, que é novo e não tem muitos trabalhos relacionados com o tema e com o material utilizado. O premiado usou o MTA (agregado de trióxido mineral) na apicificação, ou seja, para tratamento de dentes jovens que sofreram traumas ou foram acometidos por cáries e tiveram a formação do ápice radicular interrompida.
Segundo Alcântara, a indústria, sediada em Londrina, nasceu com foco na inovação e que procura apoiar universidades e pesquisadores para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologia. Disse que a Odontologia no Brasil, embora tenha um grande número de pesquisadores, ainda é dependente de produtos estrangeiros. Nesse sentido, vê com bons olhos a parceria para criação de novos produtos. Além de Alcântara e Madi, também estiveram na UEM o diretor de Marketing & Vendas, Francisco Rodrigues Gomes, e a assessora Científica, Janaina Lima dos Santos.