Reitores e pró-reitores das instituições de ensino superior filiadas à Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM), debateram, na última quarta-feira (10), em Brasília, com a equipe do Ministério da Educação (MEC)/Secretaria de Educação Superior (SESu), entre outros temas, os desafios do Plano Nacional de Educação (PNE) para a educação superior, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e formas de ingresso, os programas de mobilidade acadêmica e a expansão do ensino superior.  

A reivindicação é para que as Universidades estaduais e municipais recebam outro tratamento nas políticas implementadas pelo Ministério. O foco das discussões foi o de que à União compete zelar pelo ensino superior público, independentemente se o seu mantenedor é o Estado, o Município ou a União. O que se pretende é ampliar as parcerias entre os sistemas, com o objetivo de melhorar o ensino superior brasileiro. O fim das contrapartidas e a maior flexibilização e agilidade nos convênios foram temas amplamente discutidos.  Participante do encontro, o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, enalteceu a importância de se modificar a exigência de que as estaduais, para participarem de editais do MEC, tenham que acenar com uma contrapartida financeira de 20%. Além disso, destacou que as negociações são importantes para ampliar o número de bolsas e de estudantes em Programas Federais. A pró-reitora de Ensino, Ednéia Rossi, e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Mauro Ravagnani, acompanharam o reitor no evento. Ao final do encontro, por solicitação do ministro Fernando Haddad e do secretário da Sesu, Luiz Cláudio Costa (na foto, ao lado do presidente da Abruem, Antonio Joaquim Bastos da Silva), a Abruem se comprometeu a formular um documento no qual as Universidades farão uma avaliação de Programas do Ministério em execução, como o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), o Programa de Educação Tutorial (PET), o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibid), o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibic) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB). No relatório, as Universidades apontarão as dificuldades e apresentarão as potencialidades que cada IES tem a oferecer ao governo federal nestas áreas.