Em coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (1º), o reitor da Universidade Estadual de Maringá, Júlio Santiago Prates Filho, anunciou que irá pedir a reintegração de posse caso os estudantes não desocupem o prédio da Reitoria hoje.

O reitor disse que os alunos apresentaram, ontem às 23 horas, uma contraproposta aos itens negociados com o secretário Alípio Leal, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Para ele não há avanços já que a maioria dessas contrapropostas já tinham o compromisso da Reitoria e da Seti quanto ao seu cumprimento.

Por isso, embora considere legítimas as reivindicações do movimento estudantil e diga que essa luta é também dele como gestor, Prates Filho se coloca contrário à insistência do movimento em manter a ocupação. Principalmente porque desde outubro do ano passado, quando assumiu a Reitoria, sua equipe vem se pautando pelo diálogo e pela negociação pacífica.

“Como gestor público, sempre irei buscar melhores condições para a Universidade. Tenho uma missão de paixão pela UEM e um compromisso de vida na busca de excelência. O desafio que hoje se apresenta é combinar o crescimento quantitativo e qualitativo da Universidade, trabalhando com os Conselhos Superiores e toda a comunidade acadêmica”, salientou o reitor.

Foi baseado em tudo isso e pautado pelos princípios de moralidade, ética, transparência, eficiência e legalidade, que regem a administração pública, que ele anunciou sua decisão de pedir a reintegração de posse, caso o prédio não seja desocupado.

Às 13 horas desta quinta-feira, está agendada uma reunião da Reitoria com representantes do movimento estudantil, na qual o reitor irá formalizar sua decisão.

Na tarde de ontem (31), diante do fato de os alunos terem religado a Rádio UEM FM, colocando no ar uma programação própria, a administração da UEM entrou em contato com o Ministério das Comunicações e a Polícia Federal informando sobre a utilização indevida da UEM FM.

Segundo o reitor, trata-se de uma medida para preservar a emissora, uma vez que ela passa por um processo de renovação de outorga e elevação da potência. E também para preservar os responsáveis legais pela Rádio, já que a programação veiculada pelos estudantes deixa de ser responsabilidade deles.