A parceria entre a UEM (Campus Regional do Noroeste) e a Embrapa continua dando bons frutos, ou melhor, boas raízes. Vários trabalhos de avaliação de genótipos de mandioca encontram-se em andamento, e a interação entre as instituições continua cada vez melhor.

 

Os trabalhos de avaliação de genótipos de mandioca da Embrapa iniciaram em 2009, com a instalação de um experimento de competição de variedades de mandioca para mesa. As seis melhores foram selecionadas e agora estão sendo avaliadas quanto à produtividade, tolerância a doenças e insetos pragas, assim como a qualidade culinária ao longo do ano. Segundo o Engenheiro Agrônomo da UEM, M.Sc. Sabino Leonides Moteka, responsável pelos primeiros passos da parceria, “esses trabalhos são muito importantes, pois podem oferecer opções de novas variedades superiores para os agricultores familiares da região. A comunidade de agricultores também será beneficiada, pois poderá contar com apoio na diferenciação das suas variedades locais”.

A partir de 2010, em função do crescimento da parceria e da identificação das necessidades da região, os trabalhos foram ampliados para a avaliação de mandioca para a indústria, conhecida como “mandioca brava”. Mais de cem novos genótipos foram introduzidos para avaliação. Alunos e professores do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste (CAEN) também participam ativamente na parceria, colaborando nos trabalhos e recebendo conhecimentos sobre essa atividade de fundamental importância para a região. Os estudantes são, na maioria, filhos de pequenos(as) agricultores(as) da região, como também dos estados vizinhos, e desempenharão papel importante para a disseminação das variedades e os conhecimentos agregados. Ainda na região, com a participação da Cooperativa Agroindustrial do Noroeste ...- Copagra, estudos para a solução de problemas com insetos praga estão em andamento. Segundo Marco Antônio Rangel, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura que desenvolve trabalhos na região, “os resultados são muito promissores, não só para as variedades de mesa, como também para a indústria de fécula e farinha”. Cita ainda o pesquisador, que alguns materiais já possuem resultados suficientes para a indicação para plantio no noroeste do Paraná, dependendo de autorizações legais e multiplicação de ramas em quantidade suficiente para sua apresentação ao setor produtivo. Para a Diretora do Campus Regional do Noroeste, professora Alciony Andréia da Cunha Alexandre este trabalho de pesquisa é de suma importância principalmente que além de investir em variedades adaptadas para a nossa região, o projeto incentiva a transferência de tecnologia para os pequenos produtores.