O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, enfatizou, durante encontro nacional de dirigentes das universidades públicas estaduais e municipais, encerrado no último sábado, em Salvador, que as instituições de ensino superior estaduais e municipais podem contribuir decisivamente para o sistema de ensino superior público brasileiro, pelo fato de elas terem, entre outras especificidades, a inserção local e regional proporcionada pelos projetos pedagógicos desenvolvidos, aliada à matriz econômica destas regiões. 

O discurso do reitor da UEM se deu por ocasião da conclusão dos relatórios finais das seis câmaras técnicas da Abruem, nas quais a UEM tem participação em três (internacionalização, educação a distância e de hospitais de ensino).

Os relatórios farão parte de um documento em que as IES estaduais e municipais apresentarão, ao Ministério da Educação, seus projetos, dificuldades, sugestões e reivindicações prioritárias.

O reitor da UEM fez a apresentação sobre os trabalhos da comissão de hospitais de ensino, ao lado da reitora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde, de Alagoas (Unicisal), Rozângela Wyszomirska. Participou também da discussão o superintendente do HU da UEM, José Carlos Amador.

Segundo Prates Filho, no encontro “ficou evidenciado a magnitude das universidades estaduais e municipais em todas as áreas. Se o governo federal tem a prioridade de elevar, até 2020, de treze para trinta e três por cento a inserção de jovens entre 18 e 24 anos no ensino superior, o governo federal vai precisar da contribuição dos sistemas de ensino estadual e municipal”. Na opinião do reitor, “é preciso sensibilizar a União para pensar o sistema de ensino superior nacional e não apenas federal. Com isso, poderemos fazer a verdadeira integração e cooperação entre as universidades”.

O 49º Fórum da Abruem (Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Públicas Estaduais e Municipais) foi realizado de 4 a 8 deste mês, tendo como tema central “A qualidade da gestão acadêmica nas IES estaduais e municipais”. Para Prates Filho, a busca deste tipo de qualidade de gestão passa por “um ambiente favorável de cooperação e solidariedade com a comunidade universitária e os conselhos superiores, de forma a se tomar decisões eficientes e rápidas, racionalizando o uso de recursos públicos, sem deixar de lado os princípios que regem a administração pública”.

O Fórum da Abruem em Salvador teve, na programação, apresentações das câmaras de apoio técnico, além de debates e palestras, uma delas proferida pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva.