Terezinha Estivalet Svidzinski exibe a carteira profissional de biomédica

A professora Terezinha Estivalet Svidzinski recebeu, hoje (2), o título de Biomédico Honorário, honraria concedida pelos Conselhos Federal e Regional de Biomedicina pela trajetória de 34 anos de atuação na área e, em especial, a participação da professora na comissão de criação do curso de Biomedicina na UEM.


Daiane Pereira Camacho e Thiago Yuiti Castilho Massuda, respectivamente membros dos Conselhos Federal e Regional, que há algum tempo deram início à proposta, estiveram presentes na cerimônia. Daiane Camacho disse que o empenho na implantação do curso de Biomedicina na UEM foi um dos grandes motivadores para aprovação da ideia. E salientou que homenageando a professora Terezinha, os Conselhos também estendiam a honraria a todos que compuseram a comissão de criação do curso.

Terezinha Estivalet Svidzinski com representantes dos conselhos

Emoção - Visivelmente emocionada, a professora da UEM recebeu o título das mãos do diretor tesoureiro do Conselho Regional, Durval Rodrigues, que representou o presidente da primeira região, Dacio Campos. “Para a entidade é um prazer poder prestar essa homenagem. Esperamos que a trajetória da professora Terezinha seja referência para acadêmicos e profissionais da área”, disse. Lembrando que Biomedicina e Farmácia já protagonizaram uma história de conflitos, falou sobre a necessidade de que as 14 profissões da área de saúde estejam unidas em prol do bem comum.

A cerimônia também reuniu o reitor e o vice-reitor da UEM, Mauro Baesso e Julio Damasceno, respectivamente, o diretor do Centro do Centro de Ciências da Saúde, Roberto Cuman, e a conselheira do Conselho Federal de Biomedicina, Janaína Naumann, que representou o presidente da entidade, Silvio José Cecchi. Todos integraram a mesa principal do evento e em seus discursos teceram vários elogios à homenageada.

A professora possa com o marido, Antonio Svidzinski, a mãe Maria Carlinda e o filho João Henrique Svidzinski

Sonho concretizado  - Já na condição de mais nova biomédica honorária do Paraná, Terezinha Svidzinski afirmou que o título significa para ela a concretização de um sonho de infância, “desses que vêm do fundo da alma”. Porque quando criança, no interior do Rio Grande do Sul, filha de agricultores e sem muitos recursos financeiros, ela tinha uma resposta precisa à pergunta clássica “o que você vai ser quando crescer?”. “Não sabia o nome do profissional, mas dizia que ia trabalhar de jaleco branco, misturando substâncias para entender porque as pessoas ficam doentes”, relembrou a professora.

Com o propósito não de tratar, mas de entender as doenças, ela formou-se em Farmácia Bioquímica, já que na época os cursos de Biomedicina eram raros. A microbiologia contribui para consolidação do sonho de infância. Nesse campo de pesquisa, a professora ajudou a diagnosticar doenças graves, “mostrando que um trabalho sério de laboratório pode salvar vidas”. Além disso, colaborou com a formação de muitos jovens, multiplicando o alcance das pessoas beneficiadas.

O reitor Mauro Baesso fala durante o evento

Do mesmo modo ocorreu com a dedicação exclusiva ao estudo dos fungos e das doenças por eles causadas, campo pelo qual a professora é conhecida internacionalmente, com relevantes trabalhos de pesquisa. Terezinha Svidzinski explica que a dedicação à essa área foi provocada por uma demanda social, à época com o avanço significativo das infecções fúngicas, altas taxas de mortalidade e poucos profissionais preparados  para enfrentar aquela nova realidade. “Cresci junto com a micologia médica, completei minha formação usando os fungos como instrumento para ajudar pessoas, sejam os doentes, sejam os profissionais de saúde”, disse ela.

O curso de graduação em Biomedicina, que ela ajudou a criar, e as pesquisas nos programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e em Biociências e Fisiopatologia, os quais ela também está ligada, vem formando profissionais para continuar a caminhada que Terezinha Svidzinski sonhou ainda nos tempos de menina.

“Esse título hoje legitima de direito o trabalho que desenvolvi de fato durantes esses anos todos, pois mesmo involuntariamente sempre atuei como biomédico”, sentenciou a professora, expressando também gratidão à UEM que, segundo ela, a acolheu e se tornou sua segunda família. Em uma atitude humilde, Terezinha Svidzinski disse que não se achava merecedora da honra recebida, afinal ela não fez mais do que cumprir um dever. Ainda que valorize muito a homenagem prestada.

Expressando profundo sentimento de gratidão ela fez diversos agradecimentos, inclusive aos familiares e amigos ali presentes, sem esquecer os pares e representantes dos Conselhos. E finalizou formalizando a gratidão a Deus “origem de tudo”. “Sempre fui uma pessoa abençoada e iluminada pela luz divina. Consegui provar que Ciência e Fé podem sim seguir juntas e quando uma está a serviço da outra, a receita é infalível”.

Evento – A cerimônia fez parte da abertura do I Fórum Biomedicina In Foco em Maringá, que está sendo realizado no auditório da CAE/PDE, Bloco B-33, câmpus da UEM.