Simpósio sobre mudanças no campo reúne participantes de 18 países

A cerimônia de abertura do evento lotou o auditório do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), no bloco B-33, reunindo representantes de vários setores da agricultura paranaense, além de autoridades da UEM e de outras instituições de ensino superior.
Para a coordenadora da Unitrabalho na UEM (Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho), Nanci Meneguetti Garcia, o importante, lembrando uma parábola bíblica, é que todas as sementes lançadas durante o evento produzam bons frutos.

Na opinião de Benoit Dedieu, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica da França (INRA), a ideia é que o evento obtenha sucesso e trabalhos importantes sejam apresentados.
Representando o secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, o diretor geral da pasta, Altamir Martins, enfatizou que, embora o sucesso futuro da economia do Estado e do País seja a agricultura, há muitos desafios a serem vencidos, como a baixa renda recebida pelos trabalhadores do campo. Segundo ele, os jovens serão mantidos no meio rural apenas se tiverem renda e condições de vida iguais as da cidade.

O gerente da Emater na macrorregião, Belmiro Luiz Marques, destacou que sem debater os desafios da agricultura familiar dificilmente será retardado o êxodo rural brasileiro.
Presidente da comissão organizadora do Simpósio, o vice-reitor da UEM, Julio Damasceno, lembrou a importância do evento, não apenas histórica, no sentido de reunir tantos estudiosos sobre o assunto, mas de discutir e apontar soluções para os problemas no setor.
Damasceno disse que a questão principal, durante o evento, é pensar o mundo agrícola não apenas como espaço de produção de comodities, mas que garante a segurança alimentar e ambiental, além de assegurar o respeito aos trabalhadores rurais.
Outras autoridades também prestigiaram a solenidade de abertura, entre elas o vice-presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), José Antonio Borghi; o coordenador do curso de agronomia da Unicesumar, Edson Filho, representando o reitor Wilson de Matos Silva; o gerente do Sicredi regional, Edson da Silva Rocha; o diretor do Centro de Ciências Agrárias da UEM, Altair Bertonha; o diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Romildo de Oliveira Moraes; e a pró-reitora de Ensino, Ana Obara.
Além de conferências, workshops, mesas-redondas e apresentação de trabalhos científicos, o Simpósio conta com apresentações culturais e visitas técnicas, que serão feitas na sexta-feira, último dia do evento, durante o dia todo.
Paralelo ao evento, ocorre, diante do bloco B-33 (PDE), uma feira de produtos agrícolas orgânicos e de artesanato, todos oriundos da produção familiar.

OBJETIVO

A proposta principal do Simpósio é a de pensar o trabalho ligado à diversidade de modelos agrícolas, debatendo as mudanças e transformações nesse campo e discutir sobre o futuro do trabalho masculino e feminino, sobre os trabalhadores familiares e empregados remunerados.
Segundo dados do Banco Mundial, a agricultura é o setor que mais emprega no mundo, representando 30% da população trabalhadora em 2010 e ultrapassando a casa de um bilhão de pessoas atualmente.
Dos oito workshops temáticos programados até sexta-feira, serão debatidos temas como as Políticas de emprego e sustento da renda agrícola; Dinâmica do trabalho agrícola em contexto de mudança global; Trabalho feminino na agricultura; Transformações na organização do trabalho na agricultura; Saúde no trabalho; Transformações nas identidades profissionais e imagens das ocupações agrícolas; Orientação e treinamento no trabalho; Inovações (tecnológicas, sociais e mercadológicas) no trabalho agrícola.
Também haverá conferências proferidas por pesquisadores de diferentes países e mesas-redondas que irão debater as transformações no trabalho agrícola. Para outras informações acesse o site do evento.