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A discussão foi acerca da sensibilização na participação de separação de recicláveis e do descarte inadequado de objetos na rede de esgoto


Na última quinta-feira (1), realizou-se o seminário Coleta Seletiva e Seus Impactos. O evento, que faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente da Universidade Estadual de Maringá (UEM), contou com duas palestras em torno da coleta seletiva e do tratamento e disposição final de resíduos sólidos de esgoto.

Fazem parte da organização, além da UEM, o Serviço Social do Comércio (Sesc), a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Colégio Estadual Juscelino Kubitschek Oliveira (Colégio JK).

O primeiro tema abordado foi a sensibilização a respeito das ações coletivas de práticas sustentáveis. Apresentado pelas pós-graduandas do grupo Seminare da UEM, Gláucia Brito Barreiros, Ana Barbosa e Paula Gabriela da Costa, o foco da palestra foi a coleta seletiva.

A importância da forma adequada de separar os recicláveis foi ressaltada por Paula da Costa. "Além da seleção do material é preciso tomar alguns cuidados. Por exemplo, os papeis não podem ser amassados. Temos o hábito de fazer uma bolinha com o papel para jogar no lixo, mas esta não é a forma correta. O adequado seria rasgar ou dobrar”, afirma ela.

Outro ponto destacado foi o uso exagerado de copos descartáveis e a ausência em Maringá de empresas que reciclem este produto. Segundo Barreiros, as cooperativas da cidade não querem levar copos descartáveis, por falta de viabilidade para eles.

“O lixo reciclável é vendido por quilo, então imagine a quantidade de copos necessários para alcançar a pesagem de um quilograma. Além disso, é preciso carregar um caminhão para levar para Curitiba, porque aqui não tem nenhuma empresa que recicle”, alegou ela.

A diretora de Apoio às Cooperativas de Reciclagem da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema), Vera Lúcia Tasca, argumentou que existe uma cooperativa na região que vende os copos descartáveis utilizados. “Muitos materiais que imaginávamos que não tinha comércio, já existe empresas que ganham dinheiro com isso”, justificou Tasca.

Em seguida, o gestor ambiental e a assistente social da Sanepar, Lorenso Cassaro e Maria Amélia Rickli, alertaram o despejo inadequado de objetos na rede de esgoto. "Não conseguimos entender como é que passa (pela rede), alguns tipos de materiais. Já encontramos cabeça de chuveiro e cabo de guarda-chuva. Se a pessoa despacha isso pela sua casa, por onde ela consegue passar o objeto?”, questionou Cassaro.

Entre os materiais encontrados no gradeamento de tratamento estão mangueiras de motores automotivos, brinquedos de crianças, absorventes íntimos femininos, papel higiênico, cabelos, fetos e às vezes joias.

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Também participaram do Simpósio a assessora do Comitê Gestor Ambiental da UEM, Elenice Tavares Abreu (à esquerda na foto) e a coordenadora do curso técnico de Educação Ambiental do Colégio JK, Adelílian Lopes.

*Jornalista residente pelo Programa de Residência Técnica, com supervisão da Assessoria de Comunicação