historia viva arthur

Durante a visita, o grupo informou que está organizando a formação de novos contadores de histórias, no mês de agosto

Oito mulheres e várias histórias. Esse foi o cenário que invadiu os corredores e as enfermarias do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), no último sábado (22). O grupo é parte da equipe de voluntárias do Instituto História Viva, que leva alegria e reflexão às crianças e adultos internados em vários hospitais da cidade, inclusive, o HUM. 

O Instituto História Viva é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil Organizada). O objetivo é capacitar, treinar e gerenciar voluntários para se tornarem ouvidores e contadores de histórias. Criada há 12 anos (2005), por Roseli Bassi, tem sede em Curitiba. No site do projeto está descrito que os voluntários atuam “por meio da arte de ouvir e contar histórias, levando o incentivo à leitura, fortalecendo a relação com a cultura e promovendo a saúde de crianças, adultos e idosos em situação de fragilidade em hospitais, abrigos e asilos”. Hoje, o projeto funciona em várias cidades do Paraná. Uma delas é Maringá. A ideia foi trazida para cá por Jaqueline Marçal Xavier, ano passado.

“Fiquei sabendo do projeto por meio de uma amiga e entrei em contato com o pessoal de Curitiba. Em pouco tempo, a Roseli estava aqui ministrando a capacitação para alguns voluntários de Maringá. Hoje, somos 20 pessoas atuando na Santa Casa, no Asilo São Vicente de Paula e no HUM”, explicou Jaqueline.

Segundo a voluntária Helena de Moraes, 50, as histórias levadas pelo acervo de livros do grupo sempre têm um mensagem que faz as pessoas refletirem. “Nosso objetivo é transformar para melhor a vida destas pessoas que estão passando por situações difíceis, como é o caso das que estão sendo atendidas nos hospitais”, disse a professora da rede pública de ensino, que está em processo de aposentadoria.

Alegria – Mais que mensagens de ajuda, é possível notar que as voluntárias levam muita diversão para o ambiente hospitalar. Claudirene Schon, técnica do judiciário e voluntária do História Viva disse que isso fica claro para elas. “Muitas vezes, a criança nem quer conversar, mas quando abrimos o livro e começamos a contar a história... a mágica acontece... e eles participam de toda a ação. Esse retorno nos deixa muito felizes”, confessou a voluntária, que tem formação em Pedagogia.

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Essa conquista que a contação de história é capaz de fazer ficou clara quando Helena de Moraes se aproximou do Arthur. Ele não queria conversa, mas ao ver o livro sobre o Galo Cocoricó e ouvindo a dramatização da voluntária, ele se abriu e entrou no clima. E não são só as crianças que se divertem. Quando uma das duplas foi até o Pronto Socorro adulto do HUM e contou a história do mineirinho, senhores de idade e seus familiares soltaram o riso. 

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Se você gostou da ideia e quer participar da iniciativa tem uma chance: estão abertas as inscrições para a próxima capacitação de voluntários. As informações estão no Facebook do projeto de Maringá ou no site http://historiaviva.org.br/site/voluntariado/capacitacao. A data da formação é: 19 e 20 de agosto e as inscrições vão até o dia 15. “Na verdade, o História Viva está precisando de você para continuar alegrando corações em Maringá... vem ser História Viva”, destacou Jaqueline. Ela esteve no HUM, no sábado (22), ao lado de Rosária Graziella Vaz, Helena Baliscke de Moraes, Renata Samara, Rocildes Rodrigues, Rose Amorim, Francyele Zanesco e Claudirene Schon.