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Além do mapeamento das IES e os estudos desenvolvidos sobre o UGRH Paranapanema, o evento também visa mobilizar a comunidade acadêmica na implementação do Plano Integrado de Recursos Hídricos

Com a proposta de dar continuidade à interlocução com a comunidade científica sobre a gestão das águas e as possibilidades para atuação qualificada da comunidade universitária no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, a UEM (Universidade Estadual de Maringá) sediou o II Seminário das Instituições de Ensino Superior da Unidade de Gestão de Recursos Hídricos do Paranapanema (UGRH). O evento foi aberto nesta segunda-feira (30), às 9h30, no Anfiteatro Professor Keshiyu Nakatani, Bloco G-90, no câmpus sede. 

Entre as autoridades convidadas para compor a mesa de abertura estavam o reitor da UEM, Mauro Baesso, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, João Carlos Gomes, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, Everton Luiz da Costa Souza, o técnico da Agência Nacional de Águas, Marcio Araújo, o segundo vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema (CBH-Paranapanema), Paulo Fernando Soares, que também representa a UEM no Comitê, o representante das Universidades do Estado de São Paulo, Antônio César Leal e o diretor geral da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Paulino Mexia.

Destacando a localização privilegiada do Paraná pela presença uma imensa reserva de água que atravessa o estado, o reitor da UEM falou da importância do trabalho Comitê. Segundo ele, é essencial o envolvimento da comunidade científica, do governo e da sociedade civil na gestão e manutenção da qualidade dos recursos hídricos.

O presidente do CBH-Paranapanema falou do papel da UEM e da Unesp na elaboração do Plano Integrado de Recursos Hídricos, citando a necessidade de articular e mobilizar a comunidade acadêmica para a participação na implementação do Plano, com a realização de projetos de pesquisa com temas articulados ao Plano da UGRH-Paranapanema e desse modo responder questões emergenciais para a gestão das águas.

Costa Souza defendeu ainda a participação cidadã efetiva na preservação e na definição de políticas públicas no setor. A Lei Federal 9433-97, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, procura criar alguns mecanismos institucionais de participação dos cidadãos e comunidades usuárias de recursos hídricos, incluindo representação nos Comitês de Bacia Hidrográfica, que são responsáveis pela gestão das águas.

O Comitê do Paranapanema foi instituído em dezembro de 2012, sendo o mais novo entre os dez comitês de rios de domínio da União, segundo informou Márcio Araújo. Apesar de ser o “caçula”, o CBH Paranapanema vem apresentando soluções revolucionárias, nas palavras do técnico da Agência Nacional de Águas, referindo-se à participação das universidades..

O primeiro seminário das IES da UGRH do Paranapanema foi realizado em abril de 2016, na Unesp, contando com várias instituições que atuam na bacia hidrográfica. Na ocasião foi instituído, no âmbito do Comitê, um grupo de trabalho das IES, que é uma iniciativa inédita no país e uma estratégia para implementação do Plano de Recursos Hídricos. Esse GT é o organizador desta edição do Seminário.

Antônio César Leal, da Unesp, reforçou que o Comitê do Paranapanema vem se diferenciando também pelo empenho na mobilização dos setores envolvidos. O que, segundo ele, não é tarefa fácil, dada às dimensões abrangentes. A Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema possui uma área de cerca de 106.000 km² e uma população de cinco milhões de pessoas.

“Para nós das IES é uma honra integrar esse Comitê e também uma grande responsabilidade na construção conjunta do conhecimento”, disse. Para ele, esse trabalho em rede exige mais tempo e dedicação na busca de novos conhecimento e ações inovadoras.

O professor Paulo Soares, representante da UEM no Comitê, destacou que a bacia do Paranapanema está localizada em uma região extremamente pujante, abrangendo os estados de São Paulo e Paraná. Nesse contexto, ele frisou que o desenvolvimento precisa se dar dentro de um equilíbrio social, econômico e ambiental e que a produção do conhecimento é preponderante na construção desse equilíbrio.

Paulino Mexia, diretor da Sema,  adiantou que as universidades do Paraná serão contempladas com programas de residência técnica que poderão alavancar pesquisas e projetos ligados à gestão hídrica.

Falando em nome do governo, o secretário da Seti, reforçou a parceria do Estado na realização de ações na área. Parceria esta que se dá através das secretarias, órgãos estaduais  e universidades públicas.

Lembrando que o Paraná e Minas Gerais são os únicos estados em que mais de 50% dos doutores estão no interior, o secretário João Carlos Gomes disse universidades públicas alojam 4,5 mil professores doutores e que pela competência e expertise dos pesquisadores, as Universidades apresentam todas as condições para serem parceiras no desenvolvimento de projetos sejam área de recursos hídricos ou dentro de outras políticas públicas do governo.

 O Seminário também contou com a Mesa de Diálogo Lacunas de Conhecimento sobre a UGRH-Paranapanema e Programa STR-F Produção de Conhecimento. Além das Propostas de Encaminhamentos e agenda para o GT-IES – Grupo de Trabalhos das IES do CBH-Paranapanema.

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