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Evento, no CTI da UEM, reuniu professores e estudantes de graduação e de pós-graduação. Veja galeria de fotos

Os professores Maria Celeste Gonçalves-Vidigal e Pedro Soares Vidigal Filho, juntamente com estudantes de mestrado e de doutorado dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia (PGA) e em Genética e Melhoramento (PGM), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), promoveram, na última quarta-feira (8), um Dia de Campo, que culminou com o início da colheita dos ensaios de campo inerentes às pesquisas que eles desenvolvem com a cultura do feijão comum.

O Programa de Melhoramento Genético do Feijão Comum, coordenado por Maria Celeste (foto abaixo), tem como objetivos o desenvolvimento de estudos básicos e aplicados relacionados ao Melhoramento do Feijão Comum visando a obtenção de novas cultivares com resistência à doenças de importância para a cultura, em especial a antracnose e a mancha angular. Os trabalhos vêm sendo desenvolvidos desde 1995 tanto em laboratórios quanto em casa de vegetação no Núcleo de Pesquisa Aplicada à Agricultura (Nupagri-UEM) e a campo (Centro Técnico de Irrigação).

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Além de importantes resultados científicos, que em sido divulgados na literatura nacional e internacional, vale destacar que o Programa de Melhoramento de Feijão Comum da UEM desenvolveu e obteve a Proteção e o Registro, junto ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares - Ministério da Agricultura (MAPA), de duas novas cultivares de feijão comum. 

Uma delas é a Flor Diniz, que possui grãos do Grupo Comercial Carioca (Registro 35637), e a outra é a Awauna, cujos grãos são do Grupo Comercial Preto (Registro 35631). O potencial produtivo de tais cultivares é da ordem de 3.000 - 4.000 kg ha-1. No momento, as sementes dessas cultivares encontram-se em fase de multiplicação em campos de empresas, em parceria com a UEM, e posteriormente (período 2017-2019). elas serão disponibilizadas para o cultivo pelos agricultores das Regiões Sul e Centro-Oeste (Mato Grosso) do Brasil.

Por ocasião do Dia de Campo, os participantes observaram que as condições ambientais que prevaleceram, na região de Maringá, nesta Safra de Primavera-Verão de 2018, foram bastante favoráveis, e, assim, todos os ensaios de campo implantados apresentaram desempenho muito satisfatórios. 

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Isso estimulou os professores e os alunos a iniciarem e intensificarem os  Um fato de relevância destacado por Maria Celeste foi o excelente desempenho a campo apresentado por novos materiais genéticos desenvolvidos pelo Programa, e que se encontram em fase final de avaliação. 

Neste contexto, além das duas cultivares que já foram registradas no Mapa e colocadas à disposição para cultivo para agricultores paranaenses e brasileiros, em breve mais quatro novas cultivares deverão ser disponibilizada para cultivo pelos agricultores.

Com isso, diz Maria Celeste, o Programa de Melhoramento Genético do Feijão Comum, do Departamento de Agronomia da UEM, cumpre a sua função social, ou seja, treinar mão de obra cientificamente qualificada (graduados, mestres e doutores) e gerar novas tecnologias que possam vir a contribuir para o desenvolvimento agrícola sustentável tanto do Paraná quanto do Brasil.