Índios Pataxó, afetados pela tragédia, são mostrados no vídeo
As lentes da câmera do estudante de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e fotojornalista, Breno Thomé Ortega, 24, registraram em fotos e vídeo um dos maiores crimes ambientais ocorridos no mundo. Era 25 de janeiro de 2019 quando o rompimento da Barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), destruiu várias comunidades e matou pelo menos 249 pessoas e o rio Paraobepa.
Foram sete dias em que o cheiro da morte, espalhado pelo “mar de lama”, esteve presente na vida deste acadêmico, que deixou as férias de lado para ajudar, com seu trabalho, a população local. O sofrimento e a dor dos animais também não passaram despercebidos pelas lentes deste profissional, que conseguiu eternizar, em imagens estáticas e em momento, a catástrofe e a solidariedade das pessoas.
Agora, Thomé lançará, na sexta-feira (13), no espaço Coletiva Mostra Cultural de Maringá (PR), o videodocumentário “Vale uma Aldeia?”, em que conta, de maneira expositiva, o impacto do crime cometido pela Vale. Nesse período, deu ênfase aos indígenas da tribo Pataxó, também atingidos, mas que não receberam o devido destaque da mídia hegemônica, tampouco ajuda das autoridades competentes.
No documentário, ele narra os fatos de maneira objetiva, com recursos argumentativos pela visão de quem perdeu sua única fonte de sobrevivência: o rio. Na mesma linha, fará também uma exposição com as principais fotos que documentam a identidade do povo Pataxó e o impacto sobre seu modo de vida. A renda obtida com a venda das fotos e a exibição do filme será revertida à Aldeia Pataxó.
Assista – O espaço Coletiva Mostra Cultural fica na Rua Padre Vieira, 443, em Maringá. O lançamento do “Vale uma Aldeia?” será na próxima sexta, dia 13.
Crédito das fotos: Breno Thomé Ortega.
