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Além da leitura, professor incentiva que pessoas pratiquem exercícios físicos e tenham momentos de lazer

Atendendo a recomendações de isolamento domiciliar da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, estão suspensas as aulas presenciais na Universidade Estadual de Maringá (UEM), assim como está suspenso o Vestibular de Inverno 2020. No entanto, Gilmar Alves Montagnoli, chefe do Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP) da UEM, pedagogo e doutor em Educação, aconselha que os estudantes da educação básica e do ensino superior mantenham-se organizados em casa, seja para estudar ou para relaxar, com prática de exercícios físicos e momentos de lazer.

Para quem em breve deseja ingressar num programa de pós-graduação, o pedagogo fala que esta é uma excelente oportunidade para reunir acervo e lê-lo, pensar em metodologia e elaborar um robusto projeto de pesquisa. Algo similar vale aos futuros vestibulandos e aos que já são acadêmicos: debrucem-se sobre os livros, cadernos e revisem conteúdos. Ou, quem sabe, possam estudar inglês de graça e on-line (inscrições até amanhã, dia 10).

“Este é um momento novo e único em nossas vidas, tem nos causado medo e incertezas. Então, é necessário cuidarmos da nossa mente, até para que o nosso corpo possa ficar bem. Precisamos de um refúgio, voltar nossa atenção para aquilo que nos faz bem, e neste sentido os livros podem ser grandes aliados, assim como outras atividades, como cozinhar e tocar instrumentos musicais”, argumenta Montagnoli.

Núcleo de Educação a Distância (Nead) – As aulas a distância da UEM começaram na segunda-feira (6). Ainda durante esta semana, o site do Nead foi repaginado para que toda a comunidade acadêmica da UEM possa realizar cursos e capacitações.

 

E os pesquisadores?

“Precisamos seguir com a pesquisa”, diz o chefe do DTP em referência aos estudantes de pós-graduação, especialmente os de stricto sensu (mestrado e doutorado), que têm etapas de trabalho a serem seguidas para dar bom andamento às suas dissertações e teses. “Independentemente do contexto atual, a trajetória em uma pós stricto sensu exige muita disciplina, já que a autonomia é um requisito bastante exigido do pós-graduando”.

Em tempos difíceis, da segunda maior pandemia em cem anos, atrás da Gripe Espanhola (iniciada em 1918), Montagnoli confessa que não há uma fórmula pronta de como estudar. É preciso se adaptar e até mesmo personalizar a rotina, “até porque cada pesquisador possui um ritmo e está em determinado momento da pesquisa científica, mas algo é certo: não se pode paralisar, é importante seguir o planejamento e o cronograma já estabelecidos no projeto, sempre com apoio do orientador”. Para ajudar na busca de fontes e leitura de referências bibliográficas, conte com a Biblioteca Central (BCE) e com a Livraria da Editora da UEM (Eduem).

 

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“A rotina é essencial!”, indica Gilmar Alves Montagnoli, chefe do Departamento de Teoria e Prática da Educação

 

E as crianças e os adolescentes?

Muitos alunos, professores e técnicos da UEM têm filhos em idade escolar. Como enfrentar o desafio de discipliná-los com os estudos domiciliares? Montagnoli expõe que, geralmente, as escolas têm enviado lista de atividades para as crianças e os adolescentes fazerem em casa, com apoio pedagógico a distância e sob supervisão presencial dos pais e responsáveis, o que já ajuda a mantê-los em revisão de conteúdos.

Otimista, o educador também pondera que os alunos estão conseguindo exercitar na prática a autodisciplina, e que a levarão consigo após o fim da crise mundial. Mais do que isso, o docente da UEM vê que até mesmo os adultos estão reaprendendo a acompanhar de perto a vida escolar dos filhos. “Ajudem-nos para que essa condução das atividades em casa não se torne um ‘grande martírio’, ou punição, e dialoguem com os professores”. Por isso, Montagnoli reforça: todos precisam relaxar e se divertir. Quer dicas de como fazer isto em casa? Leia esta reportagem especial.