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É o início da ativação do bloco recém concluído, que, somados aos leitos de retaguarda clínica, irão acolher vítimas da doença

O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) conseguiu, a começar pela montagem de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para internação imediata, possibilitar o início da ativação da nova ala com 108 leitos visando o acolhimento dos pacientes suspeitos ou acometidos pela Covid-19.

O trabalho resulta de semanas intensas envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais com o objetivo de finalizar a infra-estrutura, equipar e mobiliar também outros 10 leitos de UTI a serem disponibilizados numa fase seguinte.

Parte dos monitores, ventiladores e respiradores instalados nestas unidades para tratamento intensivo foi repassada pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde, e parte pela Secretaria de Saúde do Paraná. Na foto acima, o reitor Julio Damasceno; o vice-reitor Ricardo Silva; e o chefe de Gabinete da Reitoria, Alessandro Rocha, visitam os leitos dias antes da ativação, acompanhados pela médica Elisabete Kobayashi, superintendente do hospital.

Para ter condições de abrir os leitos restantes, segundo Elisabete Kobayashi, é preciso a contratação de recursos humanos, antecipando que, em breve, a direção do HUM terá equipado e mobiliado os 88 leitos de retaguarda clinica neste espaço.

Na semana passada, foi internado o paciente número um na nova ala, fato concebido pela superintendente como “muito emocionante para a equipe”, uma vez que, desde março, o hospital vem internando pessoas afetadas pela doença causada pelo novo coronavírus na ala antiga, após ter criado leitos específicos para esta demanda. 

No último dia 15 de maio, a direção do hospital recebeu a doação de 300 ganchos para abrir portas, confeccionados pelos departamentos de Engenharia de Produção (DEP) e Mecânica (DEM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O dispositivo também será disponibilizado aos servidores do Hemocentro Regional, setor do complexo hospitalar, e permite evitar o contato manual com as diversas superfícies durante o período de pandemia. 

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Ganchos permitem evitar contato manual com as superfícies

Os departamentos também doaram artefatos para auxiliar na colocação de máscaras, prendendo os elásticos. Tanto o DEP quanto o DEM conta apenas com uma impressora 3D e, portanto, consegue produzir somente em pequenas quantidades. A necessidade é de mais impressoras 3D para que possam atuar mais intensamente auxiliando e disponibilizando mais dispositivos para abrir portas.

Evoluindo

Como compreende Elisabete Kobayashi, o HUM está mudando para melhor, em decorrência das obras de apoio, como o cercamento em volta do hospital, de forma a melhorar a segurança, e da pavimentando de acesso e do entorno do bloco com os 108 leitos. O cercamento está sendo feito pela Prefeitura do Câmpus (PCU) da UEM, com recursos próprios do HUM, e a pavimentação, iniciada na última quinta-feira (14), será executada pela Viapar, que doou, com a parceria de outras sete empresas recrutadas pela concessionária, a mão de obra, maquinários e os materiais.

A ativação plena dos 108 leitos, incluindo os outros 10 de UTIS e os 88 leitos de retaguarda na enfermaria, será feita com as futuras contratações de pessoal e os recursos financeiros a serem liberados pelo governo do Estado, conforme convênio assinado, no início do mês, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), para o repasse de R$ 15,3 milhões.

A nova ala, cujo prédio foi parcialmente concluído em abril de 2019 e foi construída para funcionar como clínica de adultos, atenderá exclusivamente pacientes da Covid-19 por enquanto. Após o término da pandemia, estes novos leitos serão integrados à rotina do hospital, praticamente dobrando a capacidade de atendimento.

Quando esteve no HUM, no dia 7 de maio, Ratinho Junior comunicou a admissão de servidores a partir da semana seguinte por meio de chamamento público, uma modalidade mais rápida e menos burocrática de contratação.

Num segundo momento, segundo o governador, o Estado vai se reunir com os diretores de todos os hospitais universitários para fazer um planejamento orçamentário de contratações definitivas.