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O artigo é uma parceria entre UEM e outras duas universidades, uma delas, Norte Americana

Em análise no MedRxiv, servidor on-line de arquivamento e distribuição de manuscritos completos (ainda não publicados) em ciências médicas, clínicas e de saúde relacionadas, o artigo de cientistas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade de Duke (EUA) e da Universidade Estadual de Minas Gerias (UFMG), analisa infraestrutura de saúde no Brasil ao enfrentamento à Covid-19.

O estudo avalia o sistema de saúde e sua capacidade de emergência em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Brasil, em resposta à Covid-19, abordando aspectos críticos em relação à organização do sistema de rede de emergência no país, juntamente com a expansão espacial dos casos da doença, procurando destacar onde os esforços atualmente realizados no Brasil foram capazes de lidar com a falta de acesso a serviços de emergência necessários para lidar com as consequências do coronavírus.

Para essa pesquisa, coordenada por João Ricardo Nichenig Vissoci, professor na Universidade de Duke, e membro permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da UEM, com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Saúde da UEM, Luciano de Andrade e Thiago Augusto Hernandes Rocha, do Programa de Pós-doutorado de Duke, foram utilizados dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do monitoramento de Covid-19 do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O artigo também contou com o suporte de professores e alunos dos cursos de Graduação e Pós-graduação das Universidades envolvidas, Lincon Luis Silva, Programa de Pós-Graduação de Biosciências e Fisiopatologia (PBF/UEM); Amanda Carvalho Dutra, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PCS/UEM); Pedro Henrique Iora (UEM), Guilherme Luiz Rodrigues Ramajo (UEM), Gabriel Antonio Fernandes Messias (UEM), Iago Amado Peres Gualda (UEM), João Felipe Hermann Costa Scheidt (UEM), Pedro Vasconcelos Maia do Amaral (UFMG) e Cathertine Staton (DUKE). 

O estudo conclui que, antes e durante a pandemia, o Norte, o interior do Nordeste e o norte do Centro-Oeste são as regiões mais defasadas em leitos de UTIs. “Esse problema é enfrentado há anos e não é exclusivo apenas de leitos, mas de médicos, equipamentos e infraestrutura” explica Andrade. 

Segundo os autores, o artigo, que ainda está em análise para publicação, contém alguns dados a serem atualizados como por exemplo, o atual número de UTIs, já que a contagem de leitos foi feita até o mês de abril, antes da aquisição dos novos leitos e de respiradores obtidos pelo governo.