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Criado inicialmente como um centro avançado de pesquisa, a implantação de um curso superior se deu apenas há 18 anos

Há 32 anos, em 17 de junho de 1988, no pequeno município de Cidade Gaúcha, localizado a 140 km de Maringá, era colocada a pedra fundamental que daria origem ao Câmpus Regional do Arenito (CAR), instalado em uma área de 19,3 alqueires que foi doada pelo Prefeitura de Cidade Gaúcha à Fundação Universidade Estadual de Maringá. Na época o reitor era o professor Fernando Ponte de Sousa, que geriu a Universidade entre os anos 1986 e 1990.

O CAR começou sua história como Câmpus Avançado de Pesquisa em Agronomia e Zootecnia e como tal servia de suporte para o desenvolvimento de projetos experimentos destes dois cursos, que então já eram ofertados no câmpus sede da UEM.

O professor Marcelo Alessandro Araújo, atual diretor do CAR, lembra que o câmpus está localizado no Arenito Caiuá, área de solo arenoso, reconhecidamente frágil, com demandas específicas. Assim, a implantação de um centro de pesquisa da UEM naquele final da década de 1980, trazia a expectativa de desenvolvimento agrícola e pecuário para toda a região.

Destaque no setor sucroalcooleiro, pecuária de corte e mandiocultura, os produtores locais ganharam novas perspectivas de produção a partir do trabalho dos pesquisadores da UEM que investiram no desenvolvimento de outras culturas, como coco anão e pupunha, por exemplo. Além dos experimentos com a criação de ovelhas e suínos.

Ensino Superior

O impacto da Universidade em Cidade Gaúcha ganhou um novo salto em 2002, quando foi implantado o curso de Engenharia Agrícola que até aqui já formou treze turmas. Araújo destaca que a mobilização da comunidade foi fundamental também nesta etapa. Segundo ele, a construção das salas de aula se deu em parte às campanhas para a arrecadação de recursos para compra do material de construção, garantindo a boa estrutura física que o Câmpus Regional do Arenito exibe até hoje. “A UEM é muito mais que um câmpus, ela tem um grande valor para o nosso município”, enfatiza o diretor.

A graduação em Engenharia Agrícola tem contribuído para o crescimento do setor agrícola a partir da formação de profissionais qualificados e do desenvolvimento de novas pesquisas. O curso está focado em áreas importante como a irrigação, o armazenamento de grãos, as máquinas e mecanização da agricultura e a preservação ambiental.

O curso atende especialmente os jovens da região que hoje representam cerca de 60% dos acadêmicos. E recebe ainda alunos vindo de outros estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Cidade Gaucha polo

Hoje o CAR também é um dos polos de Educação a Distância da UEM, colocando suas instalações a serviço dos diferentes cursos ofertados nesta modalidade.

Infraestrutura

Com 4 mil metros de área construída, o Câmpus Regional do Arenito conta, hoje, com uma boa infraestrutura que inclui uma rede de laboratórios. Na lista estão os laboratórios de química, de física, de hidráulica e irrigação, de geoprocessamento, de solos, de saneamento ambiental e de instalações elétricas

Viveiro de mudas

Cidade Gaucha viveiro

O câmpus também abriga um viveiro de mudas. A iniciativa é parte de um projeto de extensão para produção de plantas de espécies nativas, eucalipto, coco, pupunha e algumas espécies ornamentais. As mudas são destinadas à recomposição de matas ciliares e de reserva legal, além da arborização urbana em Cidade Gaúcha.