capa livro

Autores mostram como, em vários momentos, o então juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa assumiram postura parcial ou faltaram com a isenção

Considerada a primeira obra de fôlego sobre as arbitrariedades jurídicas provocadas pela Operação Lava Jato, “O Livro das Suspeições: o que fazer quando sabemos que sabemos que Moro era parcial e suspeito?” será tema de uma mesa redonda online a ser promovida, amanhã (5), às 13h30, por iniciativa do Departamento de Direito Público (DDP) e do curso de especialização em Ciências Penais da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Inscrições para o evento aqui.

Os debatedores serão Pedro Serrano e Carol Proner. Professor da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Serrano possui título de mestre e doutor em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Advogado, tem ainda pós-doutorado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa.
Carol é professora de Direito Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutora em Direitos Humanos pela Universidade Pablo de Olavide, na Espanha, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), escreveu artigos e livros sobre temas de direitos humanos, direitos fundamentais e democracia, direito internacional público e direito internacional.

A obra tema da mesa redonda foi escrita por advogados e advogadas que compõem o grupo Prerrogativas. São 34 juristas, homens e mulheres respeitados no Brasil e no mundo pelo vasto trabalho em defesa do Estado Democrático de Direito e de uma justiça tida como realmente justa.
Composto por 32 artigos, numa linguagem de fácil compreensão, o livro, de 290 páginas, tem o selo da Editora Prerrô – Grupo Prerrogativas, da cidade de São Paulo.  Gratuito, pode ser baixado aqui. Os organizadores são Lênio Luiz Streck e Marco Aurélio de Carvalho.
O lançamento da publicação despertou tanto a atenção que levou o jornalista Reinaldo Azevedo a dar destaque para o fato em sua coluna no Portal UOL, do qual é um dos colunistas. “De agora em diante, a cada vez que você, internauta, se deparar com um artigo sobre a Lava Jato, procure saber — pergunte nas redes sociais — se o autor leu "O Livro das Suspeições", que acaba de ser lançado pelo Prerrogativas, grupo de advogados que luta em favor do devido processo legal”, escreveu.
Para o jornalista, um dos que mais apontou os desmandos da Lava Jato, os autores do livro elaboraram o que ele, Azevedo, “chamaria de um primeiro memorial das agressões à ordem legal cometidas pela Lava Jato sob o pretexto de combater a corrupção”. E arremata: “E, creio, todos vão se surpreender um tanto com o conjunto de aberrações relatadas. O foco, nessa primeira obra de fôlego sobre o tema, como o título evidencia, é a suspeição de Sergio Moro como juiz. Sim, o "caso Lula" é o mais eloquente, mas não é o único em que ilegalidade e autoritarismo se estreitaram num abraço insano”.

Organizadores do livro

capa do livro das suspeições

Capa do livro e seus organizadores: Lenio Streck e Marco Aurélio de Carvalho

Lenio Streck é um jurista brasileiro, conhecido principalmente por seus trabalhos voltados à filosofia do direito e à hermenêutica jurídica. É professor dos cursos de pós-graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e atua como advogado.
Marco Aurélio de Carvalho é um advogado e articulista brasileiro atuante na defesa das prerrogativas profissionais dos advogados e no direito de defesa. Fundador da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e do Grupo Prerrogativas.
Numa breve resenha sobre a obra, o jornal Brasil de Fato tratou o livro como algo que deve despertar a atenção e a curiosidade não apenas dos juristas, mas de toda a população brasileira, “porque faz um grande esforço em mostrar tecnicamente o nível elevadíssimo e inadmissível de parcialidade que moveu todas as ações da Operação Lava Jato”.
A mesa redonda será transmitida por meio da plataforma do Google Meet. Quem quiser também poderá acompanhar pelo canal do Youtube da professora Gisele Mendes, do Departamento de Direito Público da UEM.