Investimento será em parque de inovação; gestor (esq.) prestigia lançamento de portfólio de tecnologias
O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Aldo Nelson Bona, está em Maringá, onde ficará até amanhã (15). Recepcionado hoje (14) pelo reitor e vice-reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Julio Damasceno e Ricardo Dias Silva, participa de extensa programação. Os três estiveram no lançamento do Portfólio de Tecnologias 2021 da UEM e em reunião técnica no Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), na qual o superintendente salientou as potencialidades dos projetos e se prontificou a buscar recursos para expandir as atividades de pesquisa.
Na reunião no NIT, no Bloco B-09 do câmpus sede, foram apresentadas a Bona as demandas de instalação dos futuros Parque de Ciência e Inovação e Laboratório com Nível de Biossegurança 3 (NB3), além da ampliação do Biotério da UEM, que possibilitará ganho ao sistema de saúde maringaense. “Maringá é um centro regional em saúde e com o novo Biotério poderemos ampliar as pesquisas da UEM e de outras universidades”, declara o diretor de Pesquisa e coordenador do NIT da UEM, Ivair Aparecido dos Santos.
Quanto ao Parque de Ciência e Inovação, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), Luiz Fernando Cótica, adianta que irá abrigar o Complexo de Centrais de Apoio à Pesquisa (Comcap), o NIT e a Incubadora Tecnológica de Maringá para centralizar, em uma estrutura ampla, o desenvolvimento de estudos e a expansão das pesquisas e do número de empresas incubadas. Para Damasceno, essas e outras ações deixarão a UEM, que está em um contexto de dificuldades, cada vez mais forte. “Sempre navegamos em águas turbulentas, não vai ser diferente daqui para a frente. Vamos à luta”, prospecta o reitor, que menciona o importante papel da UEM em Ensino, Pesquisa e Extensão, produção de conhecimento, tecnologia e inovação, prestação de serviços e formação de pessoas em nível superior.
Reunião técnica de Bona com lideranças da UEM, no Núcleo de Inovação Tecnológica
Além do reitor e do vice, do pró-reitor e do diretor de Pesquisa, participaram da reunião com Bona: o assessor de Inovação da UEM e coordenador estratégico da Incubadora Tecnológica de Maringá, Marcelo Farid Pereira; o representante do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) em Maringá, Nilson Marcos Tazinafo; o assessor da PPG, Ulisses Bursi; o diretor para Ensino, Pesquisa e Extensão do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) da UEM, Celso Vataru Nakamura; e o assessor da Coordenadoria de Ensino Superior da Seti, Décio Sperandio. Com exceção de Nakamura, todos foram, no início da noite, às instalações do Parque Tecnológico de Maringá (Maringatech), onde puderam ver a infraestrutura e conversar com empresários. Foram recepcionados por Farid e José Roberto Pinheiro de Melo, vice-presidente da Incubadora. “Só existe incubadora se existir a universidade”, destaca Melo. Quer conhecer mais sobre este fomento ao empreendedorismo e à inovação? Leia esta reportagem.
Aldo Bona, Linnyer Aylon, Julio Damasceno, Ricardo Dias e Décio Sperandio
Portfólio de tecnologias
No Auditório da Biblioteca Central (BCE), na tarde de hoje, foi lançado o Portfólio de Tecnologias 2021 da UEM. É um material impresso, com 147 páginas coloridas, produzido por: Seti, PPG, diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação, NIT e Assessoria de Comunicação Social, por meio da Coordenadoria de Promoção e Relações Públicas. A impressão foi feita pela Imprensa Universitária da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a versão digital pode ser acessada neste link. Bona entende que “as ideias que estão aqui [no portfólio] podem servir à sociedade e virar produtos, o que é uma grande diretriz do nosso governador, ou seja, fazer com que o que se produza na universidade possa ser licenciado, gerar riqueza e renda, e se reverter em melhoria da qualidade de vida da população paranaense”.
O portfólio descreve, em detalhes, as 42 cartas-patentes concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) à UEM em toda a sua história, das quais 31 foram obtidas de 2018 a 2021. O instituto também já concedeu à universidade 37 certificados de programa de computador e 10 de marca. Hoje, também houve cerimônia de entrega de 29 cartas-patentes e 13 certificados de registro de software concedidos nos últimos dois anos. Para Cótica, o portfólio é fruto de trabalho árduo. “Esses números mostram a força e a pujança da Pesquisa e da Inovação na nossa universidade”, diz ele.
Além das autoridades citadas no início da reportagem, compareceram pró-reitores, diretores e outras lideranças da universidade, pesquisadores, convidados, comitiva da Seti, além dos prefeitos Edson Ribeiro Scabora (em exercício, Maringá) e Roberto dos Reis de Lima, o Betinho (Goioerê), e Estanislau Cesar Rael dos Santos, diretor de Inovação de Maringá, representando Marcos Cordiolli, secretário municipal de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação.
Scabora destaca que Maringá é a melhor cidade do Brasil para se viver e “isso se deve muito à UEM”, que é parceira da prefeitura. “Maringá não teria conseguido esse título se não fosse a presença histórica da UEM, porque a presença de uma universidade pública é um grande fator de desenvolvimento”, concorda Bona. O gestor da Seti aproveita para frisar que a UEM é a universidade estadual paranaense com mais pesquisadores dentre os melhores da América Latina.
Da esquerda: Rael dos Santos, Dias Silva, Bona, Damasceno, Scabora e Betinho
Pesquisadores homenageados
Ainda no Auditório da BCE, foram homenageados, por suas relevâncias em serviços prestados à UEM e à Ciência ao longo de décadas, com destaque internacional na produção de conhecimento, os seguintes pesquisadores da universidade: Adelar Bracht (professor emérito), Angelo Antonio Agostinho, Carlos Alberto Scapim, Celso Vataru Nakamura, Clóves Cabreira Jobim, Jesuí Vergílio Visentainer, Lúcio Cardozo Filho, Mauro Luciano Baesso, Rosângela Bergamasco e Sonia Silva Marcon. Nakamura e Jobim estavam presencialmente no evento, os demais receberão a documento de homenagem posteriormente. “O que temos de maior valor na UEM são as pessoas”, enaltece o vice-reitor.
Aldo Bona com Clóves Jobim, pesquisador da UEM homenageado
Aldo Bona entrega homenagem ao pesquisador Celso Nakamura
Ecossistema Manna_Team
O professor Aldo Bona também visitou a professora Linnyer Ruiz Aylon, coordenadora do ecossistema interinstitucional Manna_Team, no Bloco C-56 da UEM. Ouviu a reivindicação sobre a necessidade de espaço para a expansão das atividades do grupo, com ação muito forte junto à comunidade. “Temos feito um trabalho de articulação com doutores do interior, gerando propulsão para as carreiras e também aproximando as universidades das escolas para promover uma geração de profissionais com inteligência social e tecnológica. Damos atenção à produção de kits de microeletrônica para a capacitação de adolescentes e até imprimimos próteses temporárias de antebraços em 3D, que são distribuídas para jovens que passaram por amputações”, declara ela.
Em resposta, o superintendente disse que há um projeto que prevê recursos dos Brics (grupo de países emergentes, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para investimentos em infraestrutura física e que o Manna está incluído nesta proposta, visto que é parceiro “do governo do estado e da Seti, especificamente em diferentes iniciativas que tem como foco o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia”.
Linnyer Aylon, coordenadora do ecossistema interinstitucional Manna_Team, com Aldo Bona
Reportagem produzida pelos jornalistas Ana Paula Machado Velho, Camila Cantoia Dorna e Matheus Teixeira. Crédito das fotos: Rafael Silva.
