foto para balanço de patentes

Última delas é sobre invenção envolvendo associação de herbicidas no controle de plantas daninhas resistentes ao glifosato

Apesar de ter sido um ano difícil por causa da pandemia, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) fechou 2021 com a conquista de mais 16 cartas-patentes na área da inovação tecnológica, mesmo número obtido no ano anterior, além de 12 depósitos (pedidos) feitos.

Com isso, a instituição, por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), soma até agora 82 depósitos protocolados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), com sede na cidade paulista de São José dos Campos.

Concedidas pelo Inpi, as patentes da UEM obtidas em 2021, em várias áreas do conhecimento, são relevantes pelo fato de possibilitar a exploração e até a terceirização de uma determinada tecnologia, invenção ou processo.

A última obtida pela instituição se deu no dia 14 de dezembro, para uma invenção que pode ser aplicada nas áreas agrícola e agropecuária, pois o estudo, fruto de uma pesquisa desenvolvida pela UEM e a empresa Basf, estabeleceu, em tanques, os componentes de associações de herbicidas que apresentam efeito combinante para o manejo de espécies resistentes ao glyphosate (glifosato).

Composto químico, o herbicida é usado para controlar plantas daninhas, tanto de folhas largas quantas estreitas, que podem ser anuais ou perenes, e que competem com as culturas.

Quanto ao estágio da tecnologia, a invenção se encontra parcialmente desenvolvida, podendo ser levada ao mercado com um investimento razoável. Mais especificamente, ela pode ser aplicada no setor agropecuário, em áreas industriais, rodovias e ferrovias, terrenos baldios e em áreas não agricultáveis.

Como diferencial, o estudo revela que as associações de herbicidas testadas se mostraram superiores às opções existentes hoje no controle de plantas daninhas resistentes ao glifosato. Assim, o controle de Digitaria insularis e Conyza ssp resistentes a glifosato, com as novas associações, apresentou-se uma opção eficiente e decisiva para solução deste grande problema na agricultura e agropecuária como um todo.

Os inventores são os pesquisadores Jamil Constantin (UEM), Rubem Silvério de Oliveira Jr. (UEM), Rafael Brugnera Belani (Basf), Herman Oscar Ghiglione (Basf), Sérgio Zambon (Basf), Everson Pedro Zeny (Basf) e Denis Fernando Biffe (UEM).

A invenção patenteada leva o título de “Associações de herbicidas em Digitaria insularis e Conyza ssp resistentes a glifosato: controle de plantas daninhas e seletividade para a soja”.

 

Portfólio

Lançado em outubro de 2021, o Portfólio de tecnologias é um material impresso, com 147 páginas coloridas, descrevendo, em detalhes, as cartas-patentes concedidas pelo INPI à UEM em toda a sua história, das quais 31 foram obtidas de 2018 a 2021. Veja aqui também detalhes sobre a carta-patente obtida a partir da pesquisa desenvolvida pela universidade junto com a Basf.

 

Núcleo de Inovação Tecnológica

O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade Estadual de Maringá foi criado em 2008, é ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), com a finalidade de gerir a política institucional de inovação e propriedade intelectual.

Ele fomenta a inserção da UEM no processo de inovação nacional ao colaborar para o desenvolvimento sustentável, a geração de riqueza e a melhoria da qualidade de vida da população com base na inovação. Promove a proteção do conhecimento gerado na instituição e viabiliza a interação dela com o setor produtivo com vistas a propiciar a transferência de tecnologias, ao contribuir com o desenvolvimento tecnológico e social do país.

 

Reportagem atualizada em 18/04/2022 às 11h48.