Alunos Passarelas Sala de Aula 118

Data surgiu para centenário dos 1º cursos de Direito e enaltecer importância estudantil (Arquivo/UEM)

Há exatos 195 anos, em 11 de agosto de 1827, Dom Pedro I autorizava os primeiros cursos superiores de Direito no Brasil. Assim, nasceu a celebração dessa data como o Dia do Estudante, oficializada em 1917 para comemorar o centenário da criação dos cursos, bem como para enaltecer a importância estudantil. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) aproveita a oportunidade para dar parabéns a todos seus alunos, que são o motivo de a instituição existir! Na UEM são quase 20 mil matriculados da creche ao pós-doutorado.

O primeiro curso de Direito brasileiro, surgido em Olinda-PE, daria origem à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o segundo, criado em São Paulo-SP, seria o embrião da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Considerado a razão de existir de uma instituição educacional, o estudante ajuda a construir a história da educação pública brasileira, especialmente por meio da atuação da categoria nos movimentos estudantis. São esses estudantes que formam a base para muitas avaliações voltadas para aferir o desempenho das instituições de ensino superior, uma vez que os aprendizados obtidos por eles servem de parâmetro ao se definir os cursos e as áreas de excelência.

O ex-coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEM, Victor Gabriel Menezes Menegassi, acadêmico do curso de Ciências Sociais, se recorda que, também em 11 de agosto, em 1937, foi fundada a União Nacional dos Estudantes (UNE), “entidade que até hoje reserva sua importância como principal entidade mobilizadora dos estudantes no país”. Para essa data, diz ele, “cabe destacar que o papel dos estudantes não deve ser visto como o de ‘simplesmente estudar’ para garantir seu próprio futuro. Mais do que isso, a eles cabe entender seu papel como parte de um coletivo, que é influenciado por suas ações e escolhas, e esses, municiados de sua capacidade crítica e cientes de seu papel político e transformador, são capazes de construir uma nova sociedade”.

Conforme relembra Menegassi, na UEM existem várias formas de organização estudantil, sendo as principais delas os centros acadêmicos (CAs), que representam todos os estudantes de determinado curso. Cada CA tem sua organização e estrutura próprias, descritas em regimento. Mensalmente, os centros acadêmicos se reúnem nos Conselhos de Entidades Estudantis de Base, organizados pelo DCE, órgão representativo de todos os estudantes da universidade. “Para além dessas entidades, existem diversas associações, atléticas, coletivos, seções estudantis, entre outros. Cada uma dessas entidades proporciona uma experiência única de participação na UEM, que vai para além do estudo”, afirma o ex-coordenador geral do DCE.

Embora no Brasil tenham surgido outros cursos superiores antes do Direito, a data de hoje tem como menção esta graduação porque ela marcou a história da educação brasileira em vários aspectos. A USP foi fundada em 1930 e, antes da criação desta universidade, a instalação do curso de Direito foi palco expressivo de reuniões de pessoas que debatiam sobre pensamento crítico, cultural, sociológico, antropológico, jurídico e político. Alunos do bacharelado discutiam ideias como abolicionismo, republicanismo, conservadorismo, liberalismo, entre outros, razão pelo qual o Direito se tornou referência em comemoração ao Dia do Estudante – hoje também é, inclusive, Dia do Advogado.

Outra comemoração ligada à classe estudantil é o 17 de novembro, Dia Internacional do Estudante. A data remete ao ano de 1939, quando estudantes resistiram à ocupação nazista na Checoslováquia, onde atualmente estão os territórios da República Tcheca e da Eslováquia.

 

Ouça a mensagem do reitor da UEM, Julio César Damasceno:

 

Sobre a UEM

Por meio da formação de pessoas (em graduações presenciais e a distância, e em programas de pós-graduação), produção de conhecimentos e prestação de serviços, a UEM é notadamente promotora do desenvolvimento paranaense, tanto socioeconomicamente quanto nas áreas de saúde, agronegócio, cultura, ciência, tecnologia, inovação e outras. É uma das melhores universidades do Brasil e da América Latina.

Universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva, a UEM tem forte tradição em Ensino, Pesquisa e Extensão, além de manter parcerias público-privadas e convênios com universidades internacionais, em todos os continentes. Instituição que não se contenta apenas em repassar conhecimentos, a UEM é prestadora dos mais variados serviços à população, bem como tem sua comunidade científica, competente e reconhecida nacional e internacionalmente, envolvida com pesquisas e inovação.

Criada em 6 de novembro de 1969, a UEM tem sete câmpus no Paraná, nas cidades de Cianorte, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte, Goioerê, Ivaiporã, Maringá (sede) e Umuarama (incluindo uma fazenda). Também há polos de apoio presencial do Núcleo de Educação a Distância (Nead) no Paraná, a Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), a Estação Experimental de Piscicultura no distrito de Floriano, a base avançada de pesquisas do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) em Porto Rico e o Complexo de Saúde em Maringá – com o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) e outras unidades.

Conforme a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PLD), a UEM possui 5.280.028,48 m² de área física, que abriga instalações como blocos didáticos (salas de aula e laboratórios), blocos administrativos, bibliotecas, restaurante e refeitórios, Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), Hospital Veterinário Universitário, Complexo de Saúde, Complexo de Centrais de Apoio à Pesquisa (Comcap), Escola de Música, anfiteatros e auditórios, museus, Editora (Eduem), institutos de idiomas, estação climatológica, Complexo Esportivo, entre outros.