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Manna Team e UFMG desenvolvem armadilha para monitorar insetos que vivem no leito do Rio Doce

Na busca de monitorar a degradação oculta da biodiversidade do Vale do Rio Doce, após a queda da barragem de Brumadinho, em 2015, o Projeto Manna Team e o Laboratório de Ecologia Evolutiva Biológica, da Universidade Federal de Minas Gerais (LEEB/UFMG), desenvolveram o MannaBiochronos: uma armadilha que tem como objetivo coletar insetos que vivem no leito do Rio Doce para a realização de controle ambiental. 

A iniciativa foi promovida pela equipe do Manna Team em parceria com o projeto Biochronos, liderado pelo professor Geraldo Wilson Fernandes do LEEB. O aparato foi criado de forma manual, com caixas herméticas e circuitos de LED.  A equipe já conta com 12 circuitos e 10 caixas, que serão distribuídos na região do Vale do Rio Doce. 

A dinâmica funciona da seguinte maneira: com os LED ativados, uma luz se reflete na bandeja e faz com que os insetos sejam atraídos por ela. Neste momento, eles caem no álcool e morrem. Depois disso, os insetos recolhidos são levados ao laboratório, onde são feitas análises clínicas; isto é, são observadas a taxonomia (espécie), a genética e o papel desses insetos no ambiente. Ao mesmo tempo, os pesquisadores monitoram o surgimento de novas espécies e acompanham os processos ecológicos que propiciam o aumento da biodiversidade no leito do rio. 

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Segundo a professora e coordenadora do projeto Manna Team, Linnyer Ruiz Aylon (na foto acima com André), o desenvolvimento do MannaBiochonos é fruto do trabalho do orientando dela, André Verona, integrante do Manna Team, duas orientandas do professor Geraldo Wilson Fernandes, pesquisadoras do LEEB, e outro professor e membro do Manna, Antonio Alfredo Loureiro, que atua no Departamento de Ciência da Computação da UFMG. 

“Essa parceria mostra o potencial do intercâmbio de saberes e das cooperações interinstitucionais no desenvolvimento de soluções inovadoras e de alto impacto”, concluiu Linnyer.