plano de bairro

Projeto é realizado pela 1ª vez em Maringá e irá propor, junto com moradores, melhorias para a comunidade local

O BR Cidades Maringá, projeto de extensão vinculado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), inicia neste mês um projeto-piloto denominado Plano de Bairro, com a finalidade de construir, de forma coletiva, propostas de melhorias urbanas nos bairros Santa Felicidade e João de Barro.

As expectativas, segundo a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UEM e coordenadora do BR Cidades Maringá, Beatriz Fleury e Silva, são de auxiliar no fortalecimento das duas comunidades quanto ao alcance do direito à cidade, resgatar o pertencimento e aproximar a comunidade da gestão pública.

O Plano de Bairro está em fase piloto em Maringá, mas já foi desenvolvido em outras cidades, como São Paulo e  Brasília, onde, de acordo com Silva, obteve excelentes resultados. “O Plano de Bairro é um instrumento urbanístico muito rico, porém pouco aplicado no Brasil. Aqui em Maringá, o projeto começou em 2022 com rodadas de discussões e visitas de aproximação com a comunidade. Agora em 2023 iniciamos as ações”, explica.

O programa será realizado em duas etapas. Na primeira, que teve início no último dia 20 e prosseguirá até 24 de junho, estão programados quatro encontros com a comunidade. Para fazer um diagnóstico participativo da área urbana, a equipe deve registrar, por meio de pesquisa de campo, as condições dos  equipamentos públicos, espaços de lazer, saneamento, mobilidade, entre outros.

Na segunda etapa, que tem previsão de ocorrer entre agosto a setembro de 2023, será feita, em parceria com a comunidade e apoiadores voluntários, a proposição  de melhorias urbanísticas e, em seguida, apresentada à prefeitura de Maringá.

Além da UEM, o BR Cidades conta com o apoio do coletivo A. Comum Assessoria (Assessoria Coletiva de Mulheres pela Moradia), que está realizando  um diagnóstico das condições de habitação dos bairros; do Centro Cultural Jhamayka; e dos artistas voluntários: Zery Monteiro (contadora de história), Sandro Maranho (artista e bonequeiro), Daisy Fragoso (professora no curso de Música da UEM ), Lucas Machado (guitarrista e estudante de música na UEM), Grupo Meu Clown, Ana Izabel D ‘arce (instrutora de Zumba) e projeto Roda de Choro.