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Servidores e estudantes da UEM participaram de treinamento com especialistas nesta terça-feira (12), em Iguatemi

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Estudantes, docentes e servidores técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) receberam, nesta terça-feira (12), treinamentos de corte e defumação de carne suína na Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI).

As ações ocorreram por iniciativa do setor de suinocultura da FEI, em parceria com o Escritório de Projetos e Processos (EPP) da UEM. Profissionais especializados foram convidados a fazer demonstrações teóricas e práticas aos membros da comunidade universitária diretamente envolvidos com corte e processamento de carne de porco na fazenda. 

Estiveram presentes cerca de 15 pessoas, entre docentes, servidores técnicos e estudantes de pós-graduação que desenvolvem pesquisas no local. O coordenador da FEI, Vagner de Alencar Arnaut de Toledo, e a diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Adriana Aparecida Pinto, também compareceram aos treinamentos.

Os cortes suínos, assim como toda a produção animal da FEI, são destinados à alimentação da comunidade acadêmica, no Restaurante Universitário (RU), e à comercialização no mercadinho do Programa Alimentos Solidários e Agricultura Sustentável (Pasas), localizado no câmpus sede da UEM.

Conforme o professor do Departamento de Zootecnia (DZO) e coordenador do setor de suinocultura da FEI, Paulo Cesar Pozza, as técnicas abordadas durante os treinamentos ajudarão a aperfeiçoar a produção de carnes no local. “A ideia foi treinar o nosso pessoal para podermos agregar valor aos produtos aqui da fazenda, até porque a população demanda esses cortes novos, somados à parte da defumação. Queremos partir para um momento mais moderno, atual, com embalagens, apresentações e cortes diferenciados para os produtos da FEI”, afirmou.

Atualmente, a fazenda conta com um rebanho suíno de 48 fêmeas e quatro machos reprodutores, além de 150 porcos para abate. Conforme Pozza, o trabalho de melhoramento genético realizado pelos pesquisadores da UEM inclui exemplares das raças Landrace, Large White, Pietrain e, mais recentemente, Duroc, a fim de obter carne com maior marmoreio. Há, também, animais da raça Moura, desenvolvidos em Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (Siscal).

 

Corte e defumação

Durante a manhã, o consultor José Augusto Fantini, de Londrina, apresentou aos profissionais da FEI possibilidades de cortes especiais para carne suína. Segundo o especialista, cortes como short rib, coroa de costela e tomahawk podem agregar valor ao produto e garantir a preferência dos consumidores. “Fizemos algumas demonstrações de cortes tradicionais e especiais no suíno, assim como temos no bovino. É bem importante ter um produto de qualidade, como esse, e poder mostrar para todo mundo a qualidade da carne suína”, declarou Fantini.

A parte da tarde foi dedicada ao curso de defumação de carnes, ministrado pelo mestre de defumação Alex Antonio da Silva, proprietário da empresa The Best BBQ, de Maringá. Profissional do ramo desde 2020, o especialista demonstrou técnicas para o preparo de carne suína no defumador. “É sempre importante agregar valor no produto. Fizemos, por exemplo, a degustação de uma língua suína, um corte que costuma ser mais rejeitado, mas que, depois do processo de defumação, vira uma iguaria. É esse trabalho de agregar sabor que estamos somando, aqui, ao bom trabalho de pesquisa que já existe na UEM”, ressaltou Alex.

Conforme a diretora do CCA, Adriana Aparecida Pinto, a colaboração entre Universidade e setor privado gera trocas de conhecimentos entre as duas partes. “É importante destacar a parceria com essas empresas. São profissionais da região que também agem na disseminação da ciência e da tecnologia, e trazem isso para nós na prática”, destacou. “Os cursos, sem dúvida, vão agregar muito aos servidores, alunos e docentes que estão aqui. Temos a intenção de realizar mais treinamentos em diversas áreas, para que consigamos colocar em prática essas técnicas e agregar valor aos produtos da FEI”, projetou.

 

Fazenda Experimental de Iguatemi

Vinculada ao Centro de Ciências Agrárias (CCA), a FEI funciona como local de suporte para aulas práticas, estágios, atividades de extensão e desenvolvimento de pesquisas dos cursos de graduação e pós-graduação em Agronomia e Zootecnia da UEM.

Com área de 155 hectares - aproximadamente 188 campos de futebol oficiais -, a fazenda está localizada no distrito de Iguatemi, em Maringá, e tem produção diversificada nos ramos agrícola e zootécnico.

Fruticultura, cafeicultura, forragicultura e silvicultura são algumas das atividades desenvolvidas na FEI, assim como outros plantios sazonais, análises de sementes e ações de conservação de solos.

No ramo da pecuária, além da produção de suínos, há criações de abelhas, galinhas, codornas, bovinos de leite e de corte, caprinos, equinos, ovinos e coelhos. A fazenda conta ainda com salas de aula e laboratórios que complementam as atividades teóricas desenvolvidas pelos estudantes no câmpus sede.