Depoimentos de servidores ajudam a contar a história do CAU

Completando 64 anos de história no dia 26 de junho, Umuarama, conhecida como a Capital da Amizade, é um dos principais polos de desenvolvimento do Paraná, sendo a agricultura, pecuária e comércio as áreas que, tradicionalmente, mais se destacam. Nos últimos anos, a educação também vem contribuindo para fomentar a economia do município.

A UEM, que há 17 anos instalou-se na cidade, ajuda a fortalecer Umuarama como uma cidade universitária. A criação do CAU (Câmpus Regional de Umuarama), em agosto de 2002, foi motivada pela reivindicação da comunidade regional. A parceria entre a UEM e a cidade trouxe muitos benefícios para ambas as partes, agregando valores para a região.

Desde o início, o câmpus está instalado em dois pontos distintos. Em uma fazenda com 145 hectares, onde são desenvolvidos os cursos e atividades do Centro de Ciências Agrárias, e na cidade, onde funciona o Centro de Tecnologia.

Lourdes Grejanin, servidora do CTC e moradora de Umuarama, conta que a cidade ficou tão orgulhosa com a chegada da UEM que o comércio ajudou muito, abrindo portas para alunos e servidores e apoiando vários projetos desenvolvidos pela UEM.
“Há 17 anos a cidade era outra”, lembra Lourdes referindo-se às oportunidades de emprego que a Universidade gerou, além de possibilitar investimento em diversas áreas da cidade.

Jefferson Botelho, diretor do câmpus do CCA, destaca que a UEM tem impactado em toda a região da Amerios (Associação dos Municípios entre Rios), impulsionando o desenvolvimento econômico e a formação profissional.

“A UEM corre nas minhas veias”

Assim como Lourdes Grejanin, Severino Veiga é servidor técnico no CTC desde 2002. Ambos relembram histórias daquela época. Eles dizem que no início não foi fácil, o único bloco que havia no CTC foi construído em 90 dias para abrigar os estudantes. Os servidores vestiram a camisa e trabalharam em diversas frentes. Lourdes recorda que, independente da função, todos ajudavam no que era necessário. “Somos responsáveis por cada tijolinho assentado aqui, ajudamos a construir tudo do zero”, diz toda orgulhosa.

Severino é conhecido por ser o “quebra galho” do CTC. Contratado como motorista, ele ajuda no que for preciso. O primeiro diretor do câmpus queria fazer um bosque para a convivência entre as pessoas e adivinha quem se prontificou para a “missão”?. Severino, é claro! Ele aceitou a responsabilidade e plantou cada árvore que existe no local até hoje.

Quando questionados sobre o significado da UEM, por alguns segundos o silêncio tomou conta para logo em seguida dar lugar às lágrimas de emoção.

“Muito mais do que um emblema estampado na camisa, a UEM corre em minhas veias. Eu sou a UEM, eu faço a UEM”, assegura Lourdes. A servidora de olhos azuis e cabelos grisalhos contou que já está prestes a se aposentar, mas que se orgulha por ter ajudado a construir essa história, que para ela é um legado.

“Hoje, a UEM pra mim é minha casa”.

Já Severino, com um jeito simples, fala sobre a gratidão que tem pela Universidade. “É emocionante falar sobre essa história. Hoje pra mim a UEM é minha casa”. Ele diz que tudo que fez e ainda faz é por amor. Apesar das dificuldades, ele torce para que o amanhã seja ainda melhor.

“A UEM tem sido impactante na minha vida”

Jefferson Botelho também fala com emoção sobre a diferença da UEM na sua vida pessoal. Trabalhando no câmpus do CCA desde 2002, ele iniciou a carreira como auxiliar operacional. Em 2014, foi convidado para o cargo de coordenador administrativo e, dois anos depois teve a oportunidade de assumir a direção do câmpus, tornando-se o primeiro servidor técnico a dirigir a Fazenda.

“Depois de quase 17 anos de universidade vejo o quanto o Campus de Umuarama tem evoluído e tem se tornado referência”, conta o diretor orgulhoso por também ter feito parte dessa história.

São depoimentos como estes que nos dão a certeza de que a Universidade é construída por todos. São muitos Jeffersons, Lourdes e Severinos que ajudam, cada qual do seu jeito, a construir a experiência de ensino por aqueles que por aqui passam.

Você sabia?

O CTC começou com três cursos: Tecnologia em Alimentos, Tecnologia em Meio Ambiente e Tecnologia em Construção Civil. Há nove anos, foram criadas as engenharias.

Na Fazenda funcionam o Hospital Veterinário e os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária.

O CAU ainda oferece cursos de pós-graduação através de Programas de Pós-Graduação: em Ciências Agrárias; em Produção Sustentável e Saúde Animal; e em Sustentabilidade.

Texto e fotos: Natália Luvizeto