Termina no
dia 14 de setembro o prazo dado pela CPI dos Leitos do SUS para que os
hospitais da cidade, credenciados ao Sistema Único de Saúde, reapresentem um
pacto para melhorar o atendimento aos pacientes de trauma-ortopedia, que tem
como porta de entrada o hospital universitário de Maringá. O objetivo é
minimizar a fila de pessoas que aguardam cirurgia na área ortopédica.
Enquanto
não se define um novo pacto, cuja discussão deverá ser coordenada pelo chefe da
15ª Regional de Saúde, Kazumichi Koga, os hospitais Santa Rita, Santa Casa e
Metropolitano estão operando os pacientes com data de nascimento de finais 8, 9
e 0, sem condições de passarem pela cirurgia no HU, devido à falta de
aparelhos.
O prazo de
três semanas para a formulação do pacto começou a valer no último dia 24, durante
reunião de trabalho da CPI do SUS realizada na Câmara de Maringá, reunindo
representantes do hospital universitário, dos hospitais Santa Rita, Santa Casa
e Metropolitano (Sarandi), além de representantes da Prefeitura Municipal,
vereadores, e membros de entidades ligadas à saúde pública do município,
incluindo o Conselho Municipal de Saúde.
A posição
tomada ao final do encontro é que, enquanto o novo pacto não for firmado, os
hospitais credenciados ao SUS atenderão os pacientes sem condições de serem
operados no HU.
Na reunião,
o superintendente em exercício do hospital universitário, Dorvalino Gusmão de
Aguiar, e a chefe de Gabinete da Reitoria, Magda Lúcia Félix de Oliveira, informaram
que, por decisão do reitor Júlio Santiago Prates Filho, a UEM estaria abrindo
mão do dinheiro retido pela Secretaria de Saúde de Maringá, a pedido da Justiça,
para que seja repassado aos hospitais capacitados a executar os procedimentos
cirúrgicos.
A retenção de
12% das verbas que o HU receberia do SUS se deve ao fato de o hospital
universitário ter demonstrado que não reúne condições de realizar determinadas
cirurgias ortopédicas, especialmente por falta de equipamentos e funcionários e
de salas cirúrgicas.
Foi isso o
que atestaram membros do Conselho Regional de Medicina (foto acima), durante visita, no dia 19
deste mês, ao hospital universitário. Recebidos pelo superintendente José
Carlos Amador e os diretores do HU, a comitiva do CRM/PR, da qual fazia parte o
presidente do Conselho, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, realizou uma vistoria no
hospital e se encarregou de elaborar um documento comprovando a falta de
estrutura do HU para os procedimentos de média e alta complexidade em ortopedia. O
documento seria encaminhado ao Ministério Público e à direção do hospital
universitário.