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Em 2024, mais de 500 mil passaram pela Feira e puderam aprender e se divertir; veja o balanço de quem atuou no evento

Elo entre a tradição e a inovação. Foi desta forma que o pró-reitor de Extensão e Cultura, da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM), Rafael da Silva, definiu a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá, de 2024. A Expoingá é uma das maiores e mais importantes feiras do país. Movimenta, a cada ano, em torno de R$ 600 milhões em negócios e atrai um público superior a 500 mil visitantes, em 11 dias de evento. A UEM é uma das parceiras que garantem o sucesso do evento.

Em 1972, foi realizada a primeira grande exposição agropecuária e industrial de Maringá, com o nome de Expofemar. Só passou a se chamar Expoingá, em 1974. Em 2024, a feira celebra meio século e “a UEM comemora uma parceria muito produtiva. Desde 2019, temos tido uma participação bem robusta. Esse ano, não poderia ser diferente, a presença da UEM foi muito expressiva, alavancando as atrações da Expoingá”, registra Rafael da Silva.

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Aproximadamente, 180 pessoas da Universidade de Maringá, entre servidores, técnicos e docentes e alunos, estiveram envolvidas com a Expoingá. Segundo Rafael, são números superlativos que mostram tanto o potencial que a universidade tem quanto o da própria Feira, já que é um evento internacional que comporta inúmeras exposições.

“Nós tivemos, aproximadamente, 70 projetos circulando entre o Pavilhão Azul, nosso pavilhão institucional, mostrando ações dos sete centros de ensino dos sete campi", comenta o pró-reitor. Profissionais de várias áreas do conhecimento, docentes, técnicos-administrativos e estudantes ofereceram apoio na realização de cursos, oficinas, atividades e apresentações durante os 11 dias do evento. A Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem) organizou uma exposição de livros publicados por ela, por exemplo.

MONTAGEM SAUDE

Saúde – O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) disponibilizou um ambiente de amamentação para as lactantes que visitaram a feira. No espaço materno-infantil, foram oferecidas orientações sobre o parto natural, plano de parto, hora ouro no nascimento, visitas guiadas à maternidade, cuidados na UTI Neonatal, além da importância da amamentação para a mãe, bebê e comunidade.

O Banco de Leite Humano abordou a campanha de doação de leite materno. O Hemocentro sanou dúvidas e incentivou a doação de sangue e medula óssea. A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante mostrou seu trabalho incentivando a doação de órgãos.

O Centro de Controle de Intoxicações esclareceu cuidados para evitar a presença de animais peçonhentos e acidentes que possam levar à intoxicação. O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar divulgou o trabalho realizado em educar as crianças hospitalizadas.

O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar divulgou o trabalho realizado em educar as crianças hospitalizadas. Com a participação de estudantes e professores do Departamento de Medicina (DMD) da UEM, houve mais uma vez a participação do Projeto de Ressuscitação Cardiopulmonar, uma importante ferramenta de primeiro socorro enquanto o socorro especializado não chega.

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Em parceria com o Departamento de Odontologia (DOD), foram apresentados importantes projetos na área de saúde bucal, que incluíram pacientes de todas as idades. São eles: Clínica do Bebê; Sorrir com Saúde; Renais – pacientes renais crônicos; Vida - pacientes oncológicos; Pequenos Gestos Grandes Sorrisos; Diagnóstico, tratamento e epidemiologia das doenças da cavidade bucal - (Lebu); Sorriso na Terceira Idade; Centro Especializado Maringaense de Traumatismo (CemTrau); Reabilitação Bucal e Sorriso Odonto. Também estão presentes a Liga Acadêmica de Dentística e Estética (Lade); a Liga Acadêmica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (Laopne); o Centro Acadêmico e a empresa júnior Insight.

Mariana Manieri Pires Cardoso 2

O pró-reitor ainda lembrou da participação “que é sempre uma história à parte”, no Pavilhão Branco. Ali, há sempre algo novo, um tema, uma história a ser contada. Esse ano, o grupo contou um pouco da trajetória da UEM, na Feira. Estavam por lá grandes ativos na Universidade, como o Museu da Bacia do Paraná, o pessoal do Centro de Ciências Agrárias (CCA), o Tech Park, a Central de Vestibular, auxiliando quem quisesse fazer inscrições, entre outros.

“Muita gente transitou por ali, interagindo conosco. Esperamos sempre contar com esse apoio da sociedade rural, a quem agradecemos profundamente a parceria, essa generosidade, por nos permitir estar em contato com a população”, concluiu Silva.

equipe

Mudi - Essa percepção é muito parecida com a equipe do Mudi, que atuou os 11 dias da Feira, no Pavilhão Branco. Luiza da Costa, bolsista do Conexão Ciência - C², um dos projetos de divulgação científica do Museu, disse que a disposição do Mudi em levar a ciência até a sociedade faz com que muitos conheçam projetos e iniciativas que, talvez, se não fosse pela itinerância do Museu, não conhecessem.

“É importante ressaltar, no entanto, um dos fatores que faz a participação do Mudi na Expoingá ter tanto sucesso: a curiosidade do público que passa por lá. A exposição chama a atenção de crianças, famílias, jovens e servidores da Expoingá, que buscam saber mais sobre o que estão vendo. E é aí que é ressaltado, também, o importante papel dos monitores do Mudi”, destaca a estudante de Comunicação e Multimeios da UEM.

Outra bolsista do Museu, Silvia Calciolari, garante que o Mudi “foi a sensação da Expoingá. Muitas novidades e interação”. A jornalista destaca que foi sensacional a estratégia do Conexão Ciência de promover a interação com o dado gigante, que chamou atenção dos adultos, jovens e, principalmente, das crianças.

“A receptividade foi excepcional, mas houve algumas recusas em participar da dinâmica. Acho que a ciência ainda assusta as pessoas. É o medo do desconhecido. Cabe a nós enfrentarmos essa questão”, alerta Silvia.

monitores

Monitores - A artista e ilustradora do C², Hellen Vieira, declarou que participar de um evento com a magnitude da Expoingá foi extremamente interessante para perceber como as pessoas lidam com a ciência e com o conhecimento fora da Academia, quando são trazidos para a vida real.

“A participação de quem chegava no Pavilhão Branco e se deparava com inúmeras atividades causou um impacto positivo, despertando o desejo de expandir ainda mais nosso trabalho. Menção honrosa para os monitores do Mudi, que estavam engajados e demonstraram ter bastante conhecimento sobre o que estavam apresentando”, parabenizou Hellen.

Como Hellen, Clara Fagan Friedrich participou da equipe do Mudi, pela primeira vez, na Expoingá. “E sei que voltarei novamente, porque foi uma experiência incrível. As pessoas se interessam bastante pelo espaço e interagem muito conosco, os monitores, o que nos motiva a aprender mais e repassar o conhecimento que temos.

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Maria Eduarda Oliveira, comunicóloga e egressa do curso de Comunicação e Multimeios da UEM, disse que ver a Expoingá é uma oportunidade de a comunidade externa entrar em contato com a ciência e saber, de fato, o que acontece dentro da UEM.

“Várias pessoas não sabiam da existência do Mudi. Algumas eram de cidades como Mandaguaçu e Marialva, que vieram à Expoingá e tiveram a curiosidade de conhecer as exposições promovidas pela UEM. Então, é uma ótima oportunidade para que não só o público de Maringá, mas da região, vivencie experiências participativas”, observou Maria Eduarda.

A estagiária do C², Bruna Mendonça garante que estar na Expoingá possibilitou diversas experiências pessoais, pela oportunidade de estar fora do ‘escritório’. Um exemplo foi a sensação de andar no giroscópio, um aparelho que simula a falta de gravidade, manipulado pelo pessoal da Física, do Mudi. Porém, estar lá a permitiu ir mais longe no aspecto profissional, também.

No contato com o público, “consegui divulgar a ciência de forma direta para a comunidade de Maringá e região. Participar da Expoingá, em resumo, me trouxe novos conhecimentos e visões”, declarou Bruna.

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Divulgação científica - Maysa Ribeiro participou da Expoingá auxiliando no processo de divulgação nas redes sociais e cobertura fotográfica tanto do Museu Dinâmico Interdisciplinar e do Conexão Ciência - C². Ela acredita que esses projetos são importantes para a sociedade e devem, cada vez mais, alcançar espaços além dos muros universitários.

“Ambos carregam a divulgação científica como pilar estrutural, para o desenvolvimento de ambientes repletos de saberes diversos. O Parque de Exposições se tornou, nas últimas duas semanas, o ambiente propício para atingir cada pessoa que passasse pelo Pavilhão Branco, com um mundo de descobertas, novidades e curiosidades”, poetizou a estudante de Comunicação e Multimeios da UEM.

O curador do Mudi, Marcílio Hubner de Miranda Neto, disse que é muito importante o acervo se deslocar até a Expoingá, porque isso cumpre com uma das funções do Museu que é a socialização do conhecimento científico.

MARCILIO E CONEGERO

“É uma oportunidade de divulgar ciência e tecnologia em um evento grande e com uma participação enorme da população. E eu creio que isso também é importante para os organizadores da Expoingá. Por quê? Porque a Expoingá pertence à Sociedade Rural que acaba de criar o Agromuseu. Esse momento que acontece na Feira possibilita que os museus somem forças e contribuam para a formação de públicos para esse tipo de atividade em Maringá e na região”, acrescenta Hubner.

O coordenador do Mudi, Celso Conegero, disse que o tema deste ano da parceria com a Sociedade Rural foi “Consciência, Tradição, Inovação e Sustentabilidade”, o que possibilitou a integração de vários projetos novos.

“E tivemos uma excelente aceitação. O público interagiu muito com os nossos mediadores, os monitores e com os nossos experimentos. Apreciaram bastante as nossas mostras, desde os insetos, passando pela questão da tecelagem, que fala de sustentabilidade, a caixa interativa, o giroscópio, os equipamentos da matemática. Enfim, foi um sucesso”, comemorou o professor.

Que venha 2025!

 

*Colaboração de Ana Laura Correa dos Santos, estagiária da ASC e do Curso de Comunicação e Multimeios da UEM