O Programa Interdisciplinar de Estudos de Populações, (LAB-LAEE) do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) da UEM, com o apoio da Divisão de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PPG), teve aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) um projeto de Observatório da Educação Escolar Indígena para desenvolver pesquisas em 12 terras indígenas Kaingang em diferentes municípios do Paraná.

O objetivo do projeto é contribuir com a melhoria da qualidade da educação escolar indígena por meio de uma avaliação da política educacional, da situação sociolingüística e discursiva dos grupos, dos métodos de ensino aprendizagem, dos currículos, da formação dos professores, do bilingüismo e da participação da comunidade na gestão escolar.

A Educação Escolar Indígena foi institucionalizada no período da colonização do Brasil objetivando instruir, catequizar e integrar os povos indígenas à sociedade dominante fazendo-os abandonar suas culturas. Por isso, durante séculos foi rejeitada pelos grupos indígenas. Atualmente, devido às condições objetivas de vida (delimitação de territórios, carência econômica, degradação ambiental) estas populações passaram a aceitar e reivindicar uma escola de qualidade como condição para a ampliação dos direitos de cidadania e melhoria das condições de vida. O Ministério da Educação (MEC) tem reformulado a política para esta modalidade de educação, tendo como fundamentos os princípios da interculturalidade e do bilingüismo e incentivo a pesquisas e diagnósticos na área.

Sob a coordenação da Professora Rosângela Célia Faustino, do Departamento de            Teoria e Prática da Educação (DTP), estão envolvidos no Projeto pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Educação, Letras e História da UEM. O Projeto financiará bolsas para estudantes de Graduação e Pós-Graduação e bolsas para professores indígenas da Educação Básica. A pesquisa compreende uma metodologia participativa que envolve as lideranças e comunidades indígenas.