foto futuro da cibersegurança

Ideia é que estudo na área de Computação da UEM ajude a moldar o futuro da cibersegurança no Brasil

Especialista em segurança computacional e aluno do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PCC), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Vinícius Eduardo Ferreira está recrutando estudantes dos cursos de tecnologia de todo o País para participar deste estudo, orientado pelo professor Edson Oliveira Junior, do Departamento de Informática (DIN) da UEM, especialista em Forense Digital. A coorientação é do professor Avelino Zorzo, da Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul (PUC/RS), especialista em Segurança da Informação.

A pesquisa está no contexto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Ciências Forenses (INCT Forense), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)/CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)/Fapergs (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul). Intitulada “Ciberconsciência entre Estudantes do Ensino Superior em Computação e Áreas Correlatas”, consiste em um formulário conciso que explora o conhecimento dos estudantes sobre termos e situações comuns da cibersegurança. 

O objetivo é coletar dados que servirão de base para estudos mais aprofundados e desenvolvimento de estratégias eficazes na área. Ferreira sustenta que a privacidade dos participantes é uma prioridade e todas as informações coletadas serão mantidas em sigilo absoluto. “Serão utilizadas exclusivamente para fins de pesquisa e não compartilhadas com terceiros”, esclarece.

Para dúvidas ou outras informações, os estudantes podem entrar em contato com os pesquisadores por meio dos e-mails disponíveis na primeira página do formulário. Os interessados podem acessar o formulário através do link.

Vale ressaltar, segundo o mestrando, que a pesquisa ainda está em andamento e será enviada para apreciação no Forensic Science International: Digital Investigation Journal, periódico de alto impacto na área de Forense Digital.

Fator humano

Sobre a relevância do estudo, Ferreira assegura que à medida que a presença da tecnologia e a digitalização se intensificam, vários aspectos da nossa vida estão sendo transportados para o ambiente online. Diante dessa mudança acelerada, surgem várias ameaças que espreitam o usuário no seu uso diário. 

“A cibersegurança é geralmente vista e tratada pelo aspecto técnico. No entanto, vários relatórios apontam que o fator humano desempenha um papel subestimado. Diversos incidentes cibernéticos são resultados de erros humanos, seja por falta de conhecimento, negligência ou manipulação”, explica.

Frente a este cenário, diz o mestrando, “a Consciência Cibernética ("Ciberconsciência", do inglês, Cyberawareness) é o processo de conscientização em cibersegurança, abordando as ameaças, riscos, ferramentas e procedimentos de segurança cibernética. Este estudo busca conhecer e caracterizar a extensão da ciberconsciência dos alunos do ensino superior na área de tecnologia, utilizando um levantamento de dados por meio de um survey onl-ine. Por meio desta pesquisa, espera-se construir um panorama da ciberconsciência atual do público de interesse”.

Conforme ele, o estudo analisará inicialmente o nível de conhecimento em cibersegurança dos alunos de ensino superior em tecnologia para entender as necessidades educacionais deste tema e propor um panorama do cenário atual, que servirá para a criação de programas de conscientização mais eficazes, melhorando a postura de cibersegurança da sociedade, contribuindo diretamente com o Ensino de Cibersegurança e programas de Residência Técnica, como a atual Restec de Ciências Forenses, entre a UEM, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Polícia Científica do Paraná.