A peça teatral O Auto da Barca do Fisco será apresentada em Santa Catarina no início de junho. No dia 2, a apresentação será no teatro da Univali, a convite da Delegacia da Receita Federal em Itajaí, com o objetivo de sensibilizar os servidores da Receita Federal e professores da rede municipal de ensino para a necessidade de desenvolver ações na área de educação fiscal. No dia 3, a convite da Delegacia da Receita Federal em Florianópolis, o espetáculo será visto no teatro da Universidade Federal de Santa Catarina. Já no dia 4, no auditório da Justiça Federal de Santa Catarina, a peça será dirigida aos servidores do órgão, com o objetivo de introduzir conceitos da educação fiscal e sensibilizá-los para desenvolver ações dentro do tema. Nesse dia, servidores de todas as unidades da Justiça Federal em Santa Catarina poderão assistir à peça por teleconferência.

O texto é do professor Marcílio Hübner de Miranda Neto, da Universidade Estadual de Maringá, baseado nas obras de Gil Vicente e Ariano Suassuna. Segundo Miranda Neto, o espetáculo faz uma crítica à corrupção de alguns líderes na sociedade contemporânea, em especial, no que se refere ao desvio ou à má utilização do dinheiro público. A peça pretende conscientizar as pessoas para a cidadania e faz parte de um trabalho maior de Educação Fiscal, desenvolvido pela Associação SER (Sociedade Eticamente Responsável) para sensibilizar a sociedade para a função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico refere-se à otimização da receita pública, e o aspecto social diz respeito à aplicação dos recursos em benefício da população.

Por meio das falas dos personagens são apresentados princípios e conceitos da Educação Fiscal, bem como os dilemas éticos vividos pelo cidadão e pelo governo no tocante a arrecadação dos tributos e sua adequada aplicação. A peça foi estruturada para gerar parâmetro de comparação entre os personagens que exercem seu papel social e profissional com responsabilidade e ética e aqueles que buscam apenas vantagens pessoais e agem de forma desonesta. Os personagens foram inspirados em exemplos do cotidiano noticiados na mídia.