O Espaço Marx promove, no dia 2 de fevereiro, uma reunião com o objetivo de organizar ações em defesa Cesare Battisti, ex-militante da organização de esquerda Proletários pelo Comunismo. O encontro será às 18 horas, no auditório do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, no Bloco H-35, no câmpus universitário da UEM.

Integrantes do Espaço Marx, entre eles o professor Jorge Pedro, do Departamento de Ciências Sociais, têm participado de diversas manifestações em prol da libertação de Battisti, todas com a presença de inúmeras personalidades e organizações engajadas nessa causa. A proposta da reunião no dia 2, segundo o professor, é que Maringá não fique de fora dessa luta.

O ex-militante foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Battisti nega os crimes. Preso no Brasil desde 2007, o italiano recebeu refúgio político dois anos depois pelo ex-ministro da Justiça Tarso Genro. Em 2009, o caso de Battisti foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a extradição, mas decidiu que a palavra final caberia ao presidente da República. No último dia de seu mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter o italiano no Brasil, acatando um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU).

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cesar Peluzzo, recusou o pedido de imediata libertação feito pelo advogado de defesa do ex-militante e informou que o caso retornará ao STF que tomará uma nova decisão sobre a extradição. Sabendo que o relator será o ministro Gilmar Mendes, que já se manifestou várias vezes pela extradição, a situação de Battisti complica-se muito, segundo Jorge Pedro.

Outras informações pelo e-mail pedrojorgefr@yahoo.com.br.