Dois ex-alunos da UEM estão atuando em um caso polêmico: o novo julgamento de Beatriz Abagge, acusada de ter matado, em 1992, com a cumplicidade de sua mãe Celina, o menino Evandro Ramos Caetano, de 6 anos. Adel El Tasse, o advogado de defesa, cursou o mestrado em Direito na UEM em 2000/2003, tendo como orientador o professor Luiz Regis Prado, e Alecsandro de Andrade Cavalcante, o perito assistente técnico, formou-se em Medicina na UEM em 2005. Ambos entraram no caso no início deste mês. Em 1998, Beatriz e Celina Abagge foram a júri popular e foram absolvidas. Segundo Cavalcante, os jurados entenderam que o cadáver apresentado como de Evandro não era dele. O Ministério Público entrou com recurso solicitando novo julgamento e o Supremo Tribunal Federal deferiu neste momento. Como Celina Abagge já tem mais de 70 anos, somente Beatriz enfrentará o júri no dia 27 deste mês, em Curitiba.

Na época, houve uma comoção não só em Guaratuba, onde moravam a criança e os acusados. Beatriz e Celina ficaram conhecidas como bruxas de Guaratuba, numa alusão ao envolvimento de ambas com rituais satânicos onde teriam sacrificado o menino. Cavalcante é perito judicial do Tribunal de Justiça do Paraná e de Minas Gerais e, neste caso, atua como perito assistente técnico, que é perito contratado pela parte interessada. Com base nos autos, está elaborando um parecer técnico para subsidiar a defesa.  A expectativa da defesa é que Beatriz Abagge seja novamente absolvida.