Pesquisa divulgada, nesta quinta-feira (27), pelo Observatório das Metrópoles, da UEM, questiona o projeto da Prefeitura Municipal que prevê a intervenção no Conjunto Santa Felicidade, para a requalificação urbana e social no bairro.
A apresentação da pesquisa, ocorrida no prédio da Reitoria da UEM, foi bastante prestigiada e reuniu, entre outros segmentos da sociedade, representantes de associações de moradores; Ministério Público Estadual; partidos políticos; Câmara de Vereadores; igreja católica; imprensa; Prefeitura Municipal; organizações não governamentais.
O questionamento principal decorrente dos resultados da pesquisa é que a área que vai receber investimento de cerca de R$ 25 milhões, repassados pelo governo federal, por meio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), não é uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis). O que existe no município é uma lei complementar, aprovada em dezembro de 2007, prevendo a criação de Zeis nas áreas periféricas de Maringá.
A pesquisa envolveu diversos aspectos para identificar o perfil de ocupação residencial no Conjunto Santa Felicidade, que possui 246 lotes. Foram entrevistados 218 moradores, responsáveis pelos lotes, com perguntas sobre nível de educação, de desemprego e de renda; quantidade de pessoas moradores em cada lote; local de residência anterior da família; tempo de moradia no Santa Felicidade; quantidade de imóvel construído por lote; número de famílias residentes em cada terreno; a situação de financiamento do imóvel; e o nível de cobertura de tratamento de esgoto e de água.
O relatório final da pesquisa poderá ser visto pelo site www.cch.uem.br/observatorio. A idéia do levantamento foi colher informações para monitorar e avaliar o impacto que será provocado no bairro com a execução do projeto lançado pela Prefeitura de Maringá.