O curso de Medicina da UEM é o primeiro colocado do Paraná e o 11º do Brasil no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
Segundo o Ministério da Educação (MEC), responsável pela avaliação, o curso da UEM obteve o conceito 4 numa escala de 1 a 5, ficando à frente, no País, de outras instituições públicas renomadas, como a Universidade de Brasília (UnB) e as federais de Minas Gerais, Ceará e do Mato Grosso do Sul.
O Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.O exame é realizado por amostragem e as provas são aplicadas aos alunos do primeiro e último anos do curso. O resultado passa a fazer parte do currículo do estudante e da avaliação sobre a universidade. O Enade também é componente curricular obrigatório, sem o qual o aluno não poderá colar grau e nem receber diploma.
Para o reitor Décio Sperandio, o conceito obtido pela Medicina da UEM não lhe surpreendeu, porque ele tem acompanhado as atividades do curso em nível de graduação e de residência médica. O reitor ressaltou que os formados têm conseguido realizar a residência em universidades reconhecidas no Brasil. Segundo ele, a residência oferecida pelo curso também é considerada muito boa.
“Em que pese as dificuldades existentes na universidade, os conceitos contribuem para o engrandecimento da UEM, que tem buscado a excelência em todas as suas áreas de atuação, dotando estas áreas de infra-estrutura adequada, material bibliográfico, equipamentos e valorizando o trabalho tanto do professor como do técnico-administrativo”, disse.
Sperandio afirmou que o resultado é uma somatória de esforços do Departamento de Medicina e dos departamentos que oferecem disciplinas para o curso, integrantes da área básica da grade curricular.
Na opinião do coordenador de colegiado do curso, professor Mauro Porcu, o fato de a Medicina da UEM ter ficado atrás apenas de algumas universidades federais, sendo a de Maringá uma instituição estadual, demonstra que o conceito 4 alcançado foi excelente. Porcu entende que a dedicação e o empenho dos professores contribuiram bastante para o fato.
Na avaliação do chefe do Departamento de Medicina (DMD), professor Sérgio Yamada, há que se levar em conta que, além da boa estrutura oferecida pelo curso, especialmente na questão do estágio, a característica do estudante foi determinante para a obtenção do conceito. Conforme Yamada, o aluno de Medicina, ao entrar para o curso, passa por uma seleção rigorosa no vestibular, já que o curso é o mais concorrido da instituição.
O chefe do DMD aproveitou também para ressaltar que a boa formação dos alunos se deve à contribuição de outros departamentos que oferecem disciplinas para a Medicina.
Criado há 20 anos, o curso oferece 40 vagas por ano, sendo metade no Vestibular de Inverno e a outra metade no Vestibular de Verão. Há vários concursos seguidos, é o mais curso mais concorrido da UEM e já chegou a ter cerca de 200 candidatos disputando cada vaga.
O curso tem a duração de seis anos. Os quatro primeiros são basicamente de formação teórica, com algumas atividades práticas de laboratório.
Nos dois últimos anos, os estudantes fazem o estágio. Em torno de 80% das atividades dos internos, como são chamados os alunos nesta etapa, são desenvolvidas no Hospital Universitário Regional de Maringá. O Departamento de Medicina conta com 88 professores contratados, dos quais 26 com titulação de doutor e 21 com titulação de mestre.