A Universidade Estadual de Maringá inaugurou, nesta segunda-feira (24), o bloco B-49, destinado ao Laboratório de Pesquisas em Produtos Naturais e Biotecnologia e construído por uma empresa contratada pela Solabia do Brasil, que bancou os custos. O prédio de 85 m² custou R$ 130 mil. Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Benedito do Prado Dias Filho, o laboratório começará a operar assim que os técnicos montarem os equipamentos adquiridos com recursos do CNPq, Fundação Araucária. A UEM desenvolverá trabalhos em parceria com a multinacional da área farmacêutica e cosmética.
Durante a solenidade, o coordenador do laboratório, Diógenes Garcia Cortez, destacou que esse exemplo de parceria entre a universidade e o setor produtivo deveria ser seguido e que o conhecimento produzido na universidade deveria ser repassado para a comunidade para que haja desenvolvimento do país. O presidente da Solabia do Brasil, Carlos Cruz, lembrou que o prédio foi um gesto de agradecimento pela formação dos executivos da empresa egressos da UEM e pelo conhecimento e desenvolvimento tecnológico promovidos pela instituição. Cruz espera que a iniciativa sensibilize outras empresas a fazerem o mesmo.
O presidente da Solabia na França, Gerard Josset, comentou sua felicidade pela oportunidade de unir os times de pesquisadores brasileiros e franceses na busca de produtos novos e inovadores que serão comercializados em todo o mundo. Resgatou vários exemplos da história de cooperação entre os dois países e citou a amizade entre os presidentes atuais das duas nações. Finalizou agradecendo a facilitação para implantação do laboratório.
O reitor Décio Sperandio disse que uma das críticas às universidades é o distanciamento entre elas e o setor produtivo. Comentou que ele existe, porém ressaltou que esse descompasso tem diminuído nos últimos tempos. Falou que tem havido uma aproximação cada vez maior entre o mundo acadêmico e o mundo do trabalho e que espera que um dia o descompasso seja zerado. Sperandio também espera que este marco na relação entre a universidade e o setor produtivo seja seguido por outras empresas e outros pesquisadores. Comentou que 90% das pesquisas realizadas no Brasil são feitas nas universidades e que isso precisa ser colocado à disposição da sociedade.