Mario donLeal, artista gráfico e plástico, e Giu Maranho, ator e professor de História, assinam juntos a exposição xmlg1.0, aberta nesta quinta-feira, dia 19, no Museu da Bacia do Paraná.

O nome da exposição é inspirado na linguagem que possibilitou a transmissão da informação na rede mundial de computadores sem uma formatação fixa, permitindo compartilhar os dados em todos os níveis, por todas as aplicações e suportes. A linguagem X M L. 
 

 


Sob esse argumento, os artistas provocam uma reflexão a respeito da tecnologia que hoje permeia a quase totalidade das atividades humanas, constituindo, muitas vezes, uma extensão do próprio homem e, não raro, causando uma readaptação no modo de vida das pessoas.

Esses elementos aparecem claramente na instalação que os dois artistas montaram no Museu, utilizando sucatas de computadores. “A partir da ideia de criar uma metáfora com os computadores, diversas questões vieram à tona. A principal foi a mudança de hábitos que internet provocou na comunicação entre pessoas. Hoje temos namoros virtuais e amizades on-line. Essas relações estão retratadas no nosso trabalho”, explica donLeal.

Além da instalação, o visitante também pode apreciar sete telas de pintura em acrílico e três painéis com poemas impressos. As telas e os poemas são de autoria de donLeal.

Formado em Letras, pela UEM, ele tem muitos textos publicados e algumas premiações em concursos de poesia. Também trabalha com computação gráfica e artes plásticas, incluindo pintura e escultura. “Em computação gráfica, gosto de mexer com comunicação visual, utilizando as novas linguagens de informática. E estou arriscando algumas experiências com poemas com animação”, explica donLeal. Ele também já foi diretor de arte da Sol Propaganda, época em que colecionou cinco prêmios importantes na área.

Giu Maranho é mestre em História e sua dissertação discorreu sobre Qorpo Santo, escritor gaúcho, autor de várias peças teatrais e uma enciqlopédia (que escreveu assim mesmo com q). Maranho protagonizou duas montagens teatrais que fizeram história em Maringá: Prometeu Acorrentado e À Meia Noite um Solo de Sax. Atualmente, é professor na rede básica de ensino.

Os dois já montaram duas exposições juntos, incluindo esta. A primeira teve apoio da lei de incentivo à cultura e retratava em tela e através de depoimentos, a história de dez personalidades da resistência da cidade. Foi montada em 2002 no Teatro Calil Haddad.

A mostra estará aberta à visitação até 30 de agosto no Museu da Bacia do Paraná, no câmpus sede da UEM, de segunda a sexta-feira das 8 às 11 horas e das 13 às 17 horas. Grupos de turismo e escolas podem agendar horário para visitação pelo fone 3011-4294.