O jornal O Diário do Noroeste publicou, nesta terça-feira (29), um artigo assinado pelo reitor da Universidade Estadual de Maringá no qual ele aponta que a UEM manteve o canal de negociação sempre aberto. Para ver a íntegra do artigo, clique em leia mais.
A ocupação da reitoria da UEM e a pauta de reivindicações dos estudantes
A invasão do prédio da Reitoria da Universidade Estadual de Maringá, no dia 25 de agosto, ocorreu contra a vontade da administração, que, desde o início do mandato, vem se pautando pelo diálogo com os professores, alunos e funcionários.
Como primeiro passo para o diálogo entre reitoria e estudantes, foi instituída, em dezembro de 2010, a Assessoria para a Assistência Estudantil, que se organiza por meio do Grupo de Trabalho para a assistência estudantil da UEM, na qual existe representação do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Em março, instituímos ainda uma comissão para avaliar a situação do Restaurante Universitário (RU), que está concluindo estudos para balizar o planejamento da gestão do Restaurante nos próximos anos. Também foram realizados, este ano, investimentos na aquisição de equipamentos para modernização da cozinha, para aumentar a capacidade de atendimento do RU.
Outro ponto a destacar é que está sendo construída a Casa do Estudante, cuja obra já se encontra no fim da primeira fase. Do mesmo modo, cabe apontar o papel articulador da UEM na consolidação do Fórum para a Assistência Estudantil entre as universidades estaduais públicas do Paraná, que reuniu-se em Maringá no dia 30 de junho.
Por acreditar e apostar no diálogo que recebemos uma carta de reivindicações dos alunos, no dia 11 de agosto, quando ficou combinado 15 dias de prazo para respondermos. No dia 24, os estudantes foram convidados para uma reunião na qual foram discutidos ponto a ponto as reivindicações e os encaminhamentos propostos pela Reitoria. Não houve manifestação contrária ao proposto.
No dia 25, entregamos, por meio de ofício, documento contendo os itens negociados na reunião do dia anterior. Entendemos as reivindicações como legítimas e pertinentes. Discordamos quando alguém diz que não houve nenhum avanço no sentido de resolvê-las. Não ficamos apenas no diálogo, mas agimos, conforme comprova o ofício entregue aos alunos no último dia 25. Porém, os alunos rechaçaram estas propostas, invadiram e ocuparam a Reitoria desde esta data, e apresentaram uma nova pauta de reivindicações, dirigida ao governo do Estado.
Não somos intransigentes, nem queremos prejuízos para a UEM, pois eles podem ocorrer, em decorrência, por exemplo, de a Universidade deixar de cumprir prazos, correndo o risco de sofrer sanções legais.
Queremos, sim, a via da negociação. Para tanto, a Reitoria conseguiu agendar, com o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, uma audiência na qual o professor Alípio Leal Neto receberá os alunos. Este encontro ocorrerá nesta terça-feira, às 11 horas, na Seti. A expectativa é que desta audiência saía uma solução negociada e, com isso, haja a desocupação da Reitoria. Jamais deixaremos de sentar à mesa com os representantes do movimento estudantil para ouvir e propor soluções.
Julio Santiago Prates Filho
Reitor da UEM