Os diretores dos três colégios de aplicação das universidades estaduais de Maringá, Londrina e Ponta Grossa entregaram, na tarde desta quinta-feira, dia 27, um conjunto de reivindicações ao secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal. Eles pedem a reestruturação administrativa, pedagógica e política dos colégios, com a criação de um quadro próprio de professores e implantação de um plano de carreira específico.
Os colégios atendem quase cinco mil alunos, da educação infantil,
fundamental, ensino médio e profissional. São mantidos pelas
universidades, criados para funcionar como laboratório para a formação
de professores; estudantes dos cursos de graduação das universidades
realizam lá seus estágios e projetos de extensão.
De acordo com o secretário, os colégios têm, ou deveriam ter, papel
importante no aprimoramento do ensino, tornando-se referência para as
demais escolas estaduais e até privadas. “Temos de lutar para que o
magistério tenha reconhecida sua importância”, afirma Alípio Leal, que
considera que os desafios são grandes.
Uma das principais dificuldades que os dirigentes dos colégios de
aplicação enfrentam hoje é a alta rotatividade de professores, que
pertencem à Secretaria de Educação, enquanto as escolas são vinculadas à
Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Com um quadro
próprio, acreditam, a formação dos professores e o comprometimento deles
seriam mais efetivos.
As propostas resultaram do estudo desenvolvido pelo grupo de trabalho
criado a pedido de Alípio Leal e orientado pelo coordenador de Ensino
Superior da Seti, Mário Cândido de Athayde Júnior.