O professor Luiz Carlos Federizzi, coordenador da área de Ciências Agrárias da Capes, foi o convidado para a palestra comemorativa
Dentro das atividades dos 15 anos do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento (PGM), da Universidade Estadual de Maringá, a coordenação do PGM convidou o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Federizzi, para falar sobre Avaliação Continuada da Pós-Graduação no Brasil. Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade da Califórnia, Federizzi é o atual coordenador da área de Ciências Agrárias I da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Docentes e acadêmicos do PGM acompanharam a fala do pesquisador que envolveu os critérios de avaliação da pós-graduação realizada periodicamente pela Capes. A palestra foi realizada nesta segunda-feira, no auditório do Bloco J-45.
Antes da palestra, a professora Maria Celeste Vidigal, uma das fundadoras do programa e atual presidente da Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas, fez uma apresentação do PGM, que é o único da Região Sul na área. Em nível de mestrado, as atividades iniciaram em julho de 2002, na época com cinco mestrandos. Em 2004, foi aprovado o curso de doutorado. Atualmente com 21 mestrandos e 42 doutorandos matriculados, o Programa já titulou 196 mestres e 79 doutores, segundo a professora.
Maria Celeste ainda destacou outros números e dados relevantes relativos ao PGM como os recursos captados pelos docentes desde 2003 e que chegam quase a R$ 18 milhões. Falou também das pesquisas realizadas, que resultaram no registro de vários cultivares de feijão e milho, em projetos de melhoramento genético do bicho-da-seda, de cultivares de mandioca, entre outros. A professora ainda adiantou que cinco novos cultivares de milho devem ser lançados em breve.
Sobre o processo de internalização, a professora disse que o PGM tem cerca de 20 projetos desenvolvidos em parceria com universidades dos Estados Unidos, Europa, África e América Latina.
Para o coordenador do PGM, Ronald José Barth Pinto, o Programa tem uma missão importante, principalmente dentro de um cenário de superpopulação mundial. Segundo disse, as projeções apontam que população mundial vá chegar a 10 bilhões de pessoas até 2050, com uma demanda crescente para o aumento na produção agrícola. “As pesquisas por cultivares que melhor se adaptem aos ambientes de baixa fertilidade ou seca ganham cada vez mais destaque e, neste sentido, o PGM tem muito a contribuir, formando cientistas capacitados a atender essa demanda”, disse o coordenador.
As linhas de pesquisa do PGM estão associadas à Genética Básica (Vegetal e Animal), à Genética Quantitativa e Melhoramento Vegetal e à Genética de Microorganismos.
O evento ainda reuniu o diretor do Centro de Ciências Agrárias, Altair Bertonha, o chefe-adjunto do Departamento de Agronomia, Carlos Alberto Bastos Andrade, e a pró-reitora da Pesquisa e Pós-Graduação, Célia Regina Granhen Tavares, que representou o reitor.