Em dois encontros, os acadêmicos reuniram-se com o vice-reitor da UEM. No final da tarde desta segunda-feira, a informação repassada pela Secretaria era de que as bolsas devem ser pagas até amanhã
Diversas lideranças indígenas tiveram voz em uma reunião realizada, nesta segunda-feira (26) pela manhã, na sala dos conselhos superiores da UEM (Universidade Estadual de Maringá), que teve a participação do vice-reitor Julio Damasceno e de membros da equipe da atual gestão. São alunos da UEM e da UEL, que organizaram um manifesto contra o atraso no pagamento referente ao mês de janeiro das bolsas de permanência. Durante o encontro, os acadêmicos indígenas expuseram as dificuldades que estão enfrentando com a falta dos recursos, que deveriam ter sido liberados pelo governo no início do mês.
“É uma população que vive em estado de vulnerabilidade e que luta para manter-se na universidade. Somos solidários e consideramos extremamente legítimo esse manifesto”, disse o vice-reitor, lembrando que o problema atinge todas as universidades estaduais do Paraná.
Damasceno também destacou que o atraso não é culpa das universidades uma vez que os repasses agora são feitos diretamente aos alunos pelo governo do Estado, por meio do Novo Siaf. Segundo o vice-reitor, os problemas são decorrentes da forma de implantação do sistema, a partir de janeiro deste ano.
Todos têm sido afetados, a começar pelos servidores, que sofreram atraso no pagamento da folha de janeiro. Outros bolsistas e fornecedores reclamam da mesma coisa. “Da sua parte, a UEM está cumprindo rigorosamente os prazos e determinações estabelecidas pela equipe técnica do governo, efetuando as rotinas financeiras com a máxima agilidade, de acordo com as demandas”, salientou o vice-reitor.
No início da tarde chegou a informação de que governo deve liberar o dinheiro das bolsas de permanência nesta terça-feira. A notícia foi dada pela pró-reitora de Administração da UEM, Maria Helena Dias, com informações da Seti.
No caso da UEM são 33 bolsistas e o total de recursos chega a R$ 36.400,00. A expectativa é que uma vez estabelecida a rotina financeira para a execução dessas bolsas, os atrasos não se repitam nos meses seguintes.
Universidade sem Fronteiras
Vale destacar que os bolsistas do Programa Universidade sem Fronteiras e demais projetos financiados através da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que igualmente não receberam os recursos referentes ao mês de janeiro, também se reuniram com membros da atual gestão da UEM para ouvir os últimos informes sobre os atrasos no pagamento.
Repetindo as falas do encontro da manhã, Damasceno isentou a UEM da responsabilidade pela falta de repasse do dinheiro e esclareceu os pormenores do que vem sendo feito no sentido de agilizar a liberação de recursos. E junto com os demais membros da equipe respondeu os questionamentos dos alunos.
Ao final informaram que, segundo dados da Seti, os mais de dois mil bolsistas da secretaria foram divididos em cinco lotes de pagamento que serão liberados gradativamente nesta segunda e terça-feira.
ATUALIZAÇÃO em 26.02.2018 às 15h25
Ao contrário da previsão inicial, as bolsas de permanência aos acadêmicos indígenas não foram pagas nesta terça-feira, dia 27. Segundo informações da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, houve um problema na transmissão dos lotes que impossibilitou o pagamento. Ainda segundo informações da Seti, o processo está sendo refeito com a promessa de pagamento programada para esta quarta-feira, dia 28.