Luis Dantas, que fará palestra a convite da UEM, critica a falta de visibilidade das filosofias fora do eixo europeu
Visando discutir a importância da inserção da filosofia africana no currículo do curso no Brasil, viabilizando a produção de elementos conceituais afro-brasileiros, que, em diálogo também com uma geografia, permitirá debater temáticas africanas e sua correspondência com as urgências globais, o professor Luis Thiago Freire Dantas, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), fará palestra nesta quinta-feira (9), pelo Youtube, atendendo ao convite do projeto Filosofia Aberta, da Universidade Estadual de Maringá.
Com início às 14 horas, a live “Dialogar com a filosofia africana: proposições para uma descolonização curricular", conduzida por Dantas, organizada pelo Departamento de Filosofia (DFL) da UEM, vai abordar quatro tópicos.
São eles: “Filosofia Africana: uma geografia pensamento”; “Pluri-versalidade e cosmopercepções filosóficas”; “A diáspora africana e a indisciplina filosófica: ‘sou de onde penso’ e “Estratégias para inserção da filosofia africana no currículo”.
Professor de Filosofia da Educação da UERJ, Dantas é especialista em Educação das Relações Étnico-Raciais, e mestre e doutor em Filosofia, com a tese “Filosofia desde África: perspectivas descoloniais”.
Além disso, escreveu o livro “Descolonização curricular: a filosofia africana no ensino médio”, pela Editora Perse, de São Paulo, a fim de oferecer uma contribuição para a área de estudos filosóficos, ainda em construção.
Ao analisar as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, o autor lançou a hipótese de que não há o reconhecimento de perspectivas filosóficas para além do modelo eurocêntrico.
Dantas fez a pós-graduação lato sensu e stricto sensu no Paraná, mais especificamente na Universidade Federal (UFPR). Também deu aulas para o ensino médio no Estado.