Docente, a você, responsável pelo desenvolvimento humano, social e cultural da nação, UEM presta homenagem
Hoje é o dia destinado a homenagear aqueles que formam todas as outras profissões: o professor.
Segundo o último Censo da Educação Superior divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2019 o Brasil tinha 386.073 professores do ensino superior.
Dados da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) mostram que o estado do Paraná possui hoje 14.051 docentes atuantes nas universidades. Destes, 1.617 professores (1.114 efetivos, 503 temporários - 1.306 doutores, 273 mestres e 27 especialistas) atuam na UEM.
Além do mais, a Universidade ainda conta com professores aposentados voluntários. Dentre estes, Celso Nakamura, que foi professor do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS), aposentado em 2018, e docente voluntário há 3 anos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PCF) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PBC), sendo um dos docentes mais experientes em atividade na Universidade, com o total de 41 anos de docência.
Formado pela UEM em Farmácia-Bioquímica no ano de 1979, Nakamura é mestre e doutor em Microbiologia e pós-doutor em Nanotecnologia. Hoje é diretor para Ensino, Pesquisa e Extensão do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM).
Celso Nakamura durante viagem a estudo em Cambrigde, na Inglaterra
Para Nakamura, ser professor é a oportunidade de transmitir conhecimentos adquiridos por estudos em livros e por meio de pesquisas realizadas em laboratórios. “Ser professor é ensinar conhecimento, transmitir experiência e principalmente conduzir os alunos em um caminho ético, verdadeiro e honesto”, diz.
Segundo o professor, que tornou-se um dos mais influentes pesquisadores da América Latina, o que o motiva a continuar na docência é “a alegria de ver o crescimento científico e a maturidade dos nossos alunos orientandos acontecendo por meio da iniciação científica, mestrado e doutorado”.
Na outra ponta, como uma das professoras mais jovens da universidade, com 32 anos de idade, nem por isso menos experiente, está a professora Larissa Danielle Bahls Pinto, do DBS.
Farmacêutica, com mestrado e doutorado pela UEM, Larissa ministra a disciplina de Imunologia para os cursos da área da saúde.
Professora há 8 anos, 6 deles lecionando na UEM, ela diz que o fato de vir de uma família de professores (pai, mãe e avós) a influenciou na escolha da profissão. “Sempre admirei e me encantei com o potencial desta profissão. Sabe aquele sonho de mudar o mundo? Acredito que a educação é o único caminho”, enfatiza.
Quando perguntada sobre o que ‘ser professora’ significa, ela responde seguramente que “é uma realização e é a profissão que quero exercer para o resto de minha vida. Saber que eu contribuo, ainda que pouco, com a formação de cada aluno é recompensador. Não se trata apenas de transmitir o conhecimento, mas de estimular a curiosidade e a criatividade. De explorar a importância e a responsabilidade de ser detentor deste conhecimento. Ser professor é, sobretudo, um grande desafio que eu encaro com muito gosto e seriedade”, explica Larissa, e completa “a felicidade de ver os olhos dos alunos brilharem a cada novo conteúdo compreendido e a vontade despertada de saber mais é o que me motiva”.
Larissa (à direita) com os avós maternos, Rubens e Arminda, e a mãe Cristiane
O reconhecimento da profissão
A docência nem sempre foi uma atividade regulamentada. Ela só foi reconhecida em 1963, durante o governo de João Goulart.
A data faz menção a um decreto de Dom Pedro I que, no dia 15 de outubro de 1827, criou o Ensino Elementar no Brasil, por meio de Decreto Imperial o qual previa que todas as cidades, vilas e vilarejos deveriam ter escolas de primeiras letras. Nele, o imperador também tratou de assuntos como o salário dos professores, matérias lecionadas e processo de contratação desses profissionais que são os responsáveis pela formação de crianças, jovens e adultos e, sobretudo, pelo desenvolvimento do país.