Autorização para o envio foi obtida após auditoria que verificou vários requisitos de qualidade
O Hemocentro da Universidade Estadual de Maringá (UEM), vinculado à rede de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) da Secretaria da Saúde do Estado (SESA), retomou ontem (31) o envio de bolsas de plasma, um dos componentes presentes no sangue de doadores, que não seriam utilizadas na sua totalidade em transfusões, para a Octapharma, empresa européia que fabrica medicamentos a partir do plasma humano.
A parceria foi feita pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), vinculada ao Ministério da Saúde, para possibilitar que o plasma dos serviços de hemoterapia seja encaminhado a outros países para a produção de albumina, imunoglobulina e fatores de coagulação. Este hemoderivados, como são chamados, possuem alto valor agregado, sendo essenciais para o tratamento e sobrevivência de pacientes portadores de coagulopatias (hemofilias e a doença de von Willebrand) e que fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para receber a autorização do Ministério da Saúde e fornecer o plasma excedente, o Hemocentro de Maringá, passou por uma auditoria para verificar os requisitos de qualidade no ano de 2022, que envolveu todo o processo de produção, desde a recepção, triagem, coleta, processamento, armazenamento, testagem laboratorial, e também todo o sistema de gestão da qualidade.
As bolsas de plasma são transportadas até a fábrica da Hemobrás, em Goiana (PE), mantidas em câmara fria para triagem e após, são exportadas para as unidades de produção da Octapharma na Europa, retornando ao Brasil como produtos hemoderivados. A parceira é estratégica para garantir o abastecimento da demanda dos medicamentos no país e contribuir para a produção nacional.