Pesquisa estuda o manejo eficaz da formiga cortadeira na região de Umuarama

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    29-05-2023
    O curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Campus Fazenda de Umuarama, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), está empenhado em estudar a viabilidade dos métodos de manejo e convivência das formigas cortadeiras na região Umuarama, como também, encontrar soluções sustentáveis para a questão.

    O projeto de pesquisa academia ainda busca montar uma rede em todo Paraná para o desenvolvimento de estudos qualificados e financiados sobre a formiga cortadeira. Desta forma, enfrentar os recorrentes desafios encontrados no manejo do inseto, que muitas vezes resultam em erros e dificuldades na aplicação dos conceitos de convivência existentes.

    Com as mudanças do cenário ambiental, a atuação das formigas cortadeiras representam uma preocupação crescente tanto na zona rural como urbana. Tanto as cidades quanto as propriedades rurais enfrentam dificuldades em garantir a segurança jurídica, ambiental e técnica necessária para o manejo adequado das formigas. Muitas vezes, os métodos e produtos disponíveis não se adequam à realidade dos produtores ou legisladores, levando-os a operar na ilegalidade.

    “Um dos desafios específicos no controle da formiga cortadeira é a necessidade de pulverização em áreas extensas. No entanto, a aplicação inadequada de moléculas de controle pode resultar em danos a outros insetos, como os polinizadores, além de não atingir efetivamente a população que se encontra dentro dos ninhos. Estima-se que só 15% a 30% das formigas cortadeiras estejam localizadas no ambiente externo aos formigueiros”, explicou o biólogo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, José Cosme de Lima.

    ESTUDO

    Nesse contexto, a pesquisa acadêmica desempenha um papel fundamental no fornecimento de respostas e orientações para o manejo das formigas cortadeiras, explicou o professor e coordenador do programa de Pós-Graduação da UEM/Umuarama, Júlio César Guerreiro. “A universidade tem o potencial de investigar e desenvolver produtos alternativos, bem como estratégias de manejo. Principalmente para áreas ciliares e reservas legais, que foram descaracterizadas e ocupadas por plantas exóticas favoráveis à reprodução dessas formigas”, ressaltou.

    Ainda segundo professor Júlio, a pesquisa busca validar as soluções, a fim de verificar sua eficácia na realidade de cada propriedade. “O projeto de pesquisa em andamento, conta com bolsistas junto ao CNPq e a Fundação Araucária. Além disso, está em progresso um trabalho de integração entre pesquisadores de diferentes universidades do Paraná, junto com o IDR, com o objetivo de criar uma rede de trabalho focada nesta área. Essa iniciativa visa não apenas a pesquisa e desenvolvimento de métodos de controle eficazes, mas também de buscar fomento para o trabalho de manejo da formiga cortadeira em todas as regiões do estado”, enfatizou.

    Umuarama

    Em propriedades em Umuarama já visitadas pelo IDR já foram encontrados formigueiros com mais de 300 m² de área, que podem chegar a até sete metros de profundidade. Segundo medições realizadas foi identificado perdas de até 14% da área de pastagem apenas com os monturos escavados pelas formigas.

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