A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema) poderá aplicar uma multa que varia de R$ 1 mil a R$ 10 mil por árvore cortada ilegalmente no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A pasta recebeu a denúncia e foi fiscalizar o local tanto na quarta-feira, 30, como ontem, 31, para fazer o levantamento correto de quantas árvores haviam sido cortadas. "Ainda estamos na fase de levantamento. Além de números, precisamos saber quais eram as espécies. Nossa equipe também percorreu outros pontos da instituição para verificar se não haviam mais árvores cortadas", explica Erival Adorno, gerente de Fiscalização da Sema.
O levantamento detalhado poderá sair nesta sexta-feira, 1º, com os valores corretos. "O valor da multa varia de acordo com a espécie, se é nativa, ou não, se é rara, entre outros detalhes que avaliamos", acrescenta.
Por lei, é permanentemente proibido o corte de árvores na cidade, seja no passeio público ou imóvel no perímetro urbano, sem a autorização da prefeitura. A ação acarreta em punição com multa.
O corte de cerca de dez árvores deixou a classe acadêmica e demais simpatizantes da causa ambiental revoltados, e as pessoas têm se mobilizado por meio da internet para preencherem um abaixo-assinado com intuito de proibir outras podas. Foram algumas espécies, mas entre elas, está um pau-brasil, planta rara, protegida por lei, que foi cortado com sinais de motosserra. A árvore ícone nacional marca a 30ª turma do curso de Zootecnia da instituição, em agosto de 1994. A suspeita geral era que os cortes teriam sido feitos a pedido da reitoria, mas de acordo com a própria UEM, a informação não procede e ainda não se sabe quem tomou a iniciativa.
Segundo Elenice Tavares Abreu, assessora ambiental da universidade, a instituição irá fazer o replantio do mesmo número de árvores e espécies que foram retiradas do local, com ou sem a identificação do autor dos cortes. "Também não sabemos quem foi. Estamos em apuração do caso, mas independente disso, faremos o replantio", relata.
Ainda de acordo com ela, com relação a multa, assim que a UEM for notificada, ela terá 30 dias para apresentar a defesa. "Imagino que até lá, esse assunto já estará esclarecido. Não foi um ato da administração da universidade", diz.
Outra questão é o mato alto do campus. A assessora ambiental informa, que, os meses de dezembro e janeiro, típicos de chuva, fizeram com que o mato crescesse rápido.
Mas a UEM deverá roçar o campus para a retomada das aulas.
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