A Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) informou, através da assessoria de comunicação, na tarde desta quinta-feira (14), que planeja viabilizar junto à prefeitura do câmpus um treinamento para os vigilantes e a formação de uma brigada de incêndio.
Essa é uma resposta à repercussão negativa de um vídeo, publicado nas redes sociais, em que supostos vigilantes da UEM travam um diálogo, no mínimo inapropriado, enquanto gravavam o incêndio que consumiu as instalações dos centros acadêmicos de Filosofia e de Ciências Sociais, no câmpus sede, ocorrido na madrugada do último dia 3.
No vídeo, que não identifica visualmente os envolvidos, três homens participam da conversa. O primeiro diz que “agora não vai mais se reunir o fumadouro”. “Duro se tiver um cara lá dentro”, comenta um segundo homem. “Se tiver, já tá assado já”, menciona um terceiro interlocutor. “Positivo, churrasquinho”, responde o segundo.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) formalizou denúncia e pediu apuração da conduta dos suspeitos de envolvimento na gravação do material. “A denúncia com o vídeo foi protocolada na Ouvidoria”, confirma Cassiano Machado Goes, membro do DCE. O órgão estudantil ainda espera celeridade no processo de investigação das causas do incêndio.
A atuação dos vigilantes já havia sido alvo de críticas. O grupo Construção Coletiva, representante do Diretório Central dos Estudantes, ainda no dia 3, lamentou o incêndio em sua fanpage e repudiou a “ineficácia do serviço de vigilância que não prestou socorro imediato nem esteve no momento para exercer sua função, que é a preservação do espaço público.”
Naquela madrugada, o Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve o fogo. Ninguém ficou ferido. No mesmo dia, a UEM informou que instaurou uma sindicância para apurar os fatos, que tem prazo de 15 dias.